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Observatório da Emergência Social poderá servir para tornar respostas sociais mais eficazes - Ana Mendes Godinho

LUSA
10-12-2021 16:57h

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social defendeu que o Observatório da Emergência Social, lançado hoje, poderá ser uma forma de melhorar as respostas no terreno e de as tornar mais eficazes para quem mais precisa.

Ana Mendes Godinho esteve presente na apresentação pública do novo Observatório da Emergência Social, uma iniciativa do Instituto de Segurança Social, onde aproveitou para agradecer “os milagres” que todas as pessoas da equipa da emergência social têm conseguido fazer, sobretudo em contexto de pandemia.

“O Observatório [da Emergência Social] pode ser forma de fazer ‘reset’ para termos capacidade de leitura de fora, de alguém que não está consumido pelo que se passa no terreno, o que podemos fazer para que a resposta seja mais eficaz”, defendeu.

Dados apresentados no lançamento, online, do observatório mostram que a Linha de Emergência Social (144) atendeu 37.119 pessoas entre 01 de janeiro de 2020 e 30 de outubro de 2021, sendo que 19.846 pessoas foram atendidas em 2020 e as restantes 17.279 no decorrer de 2021.

Os beneficiários da Linha 144 são sobretudo (51%) pessoas com idade entre os 31 e os 64 anos, que vivem no litoral do país, principalmente em Lisboa (35%), Porto (18%) e Setúbal (10%).

A Linha 144 foi ativada em 3.492 situações de ausência ou perda de autonomia por doença e em 4.221 casos de violência doméstica.

Houve também 5.677 casos relacionados com pessoas sem-abrigo e 5.802 casos de pessoas que perderam a autonomia por motivos económicos, além de outras 5.835 que foram vítimas de desalojamento por rutura familiar.

Registaram-se ainda 108 casos de abandono, 520 situações relativas a crianças e jovens em perigo, mas também 385 casos de negligência.

Na opinião da ministra Ana Mendes Godinho, o lançamento do Observatório da Emergência Social torna o dia de hoje especial, sublinhando que o observatório “vem num momento em que é preciso que todo os ensinamentos da pandemia se transformem numa resposta mais eficaz a quem mais precisa, onde precisa e no momento em que precisa”.

“Essa é a exigência da emergência social, conseguir responder a cada uma das pessoas de forma personalizada, não banda larga, que não responde às necessidades concretas das pessoas”, salientou a ministra.

A governante saudou o ISS por ter criado uma rede de emergência, numa resposta articulada com as instituições no terreno e que terá projetos-piloto, esperando que entrem em funcionamento até ao final do mês de dezembro.

“Um agradecimento e orgulho profundo pela forma como o estado social nas suas várias componentes tem dito presente e tem estado a responder a todas as pessoas”, salientou.

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