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COVID-19: Parlamento chinês estuda adiamento de sessão plenária devido ao vírus

LUSA
17-02-2020 09:42h

O órgão máximo legislativo da China poderá adiar a sua sessão plenária, o mais importante evento anual da agenda política chinesa, revelou hoje a imprensa estatal, numa altura em que o país enfrenta o surto do novo coronavírus.

Segundo a agência noticiosa oficial Xinhua, o Comité Permanente da 13.ª Assembleia Nacional Popular (ANP) vai deliberar uma proposta de adiamento da sua sessão plenária, cujo inicio estava previsto para 05 de março.

Durante a sessão anual, que dura 10 dias, os quase 3.000 deputados, eleitos por cinco anos, a partir das assembleias das diferentes províncias, regiões autónomas, municípios, regiões administrativas especiais e das forças armadas do país, estão encarregues de aprovar projetos de lei, o relatório do Governo ou o orçamento de Estado.

Constitucionalmente, a ANP é o "supremo órgão do poder de Estado na China", mas cerca de 70% dos deputados são membros do Partido Comunista Chinês (PCC).

O Comité Permanente da ANP, presidido por Li Zhanshu, vai avançar com aquela proposta durante a sua sessão bimensal, que se realiza em Pequim, na próxima semana.

A mesma sessão vai rever um projeto de lei que visa proibir o comércio ilegal de animais selvagens e eliminação dos "maus hábitos" de consumo de animais selvagens "para garantir a vida, saúde e segurança das populações".

O novo vírus foi inicialmente detetado, em dezembro passado, num mercado de mariscos e animais selvagens, situado nos subúrbios de Wuhan, no centro da China.

Durante a epidemia da pneumonia atípica, também causada por um coronavírus, e que entre 2002 e 2003 paralisou a China, o intermediário foi a civeta, um pequeno mamífero cuja carne é apreciada na China.

Como parte das medidas para conter a recente epidemia, a China anunciou, no final de janeiro, o encerramento temporário de mercados de animais selvagens, proibindo por tempo indeterminado a criação, transporte ou venda de todas as espécies.

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