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Covid-19: Hospitais da região de Lisboa registam aumento progressivo de internamentos

LUSA
11-06-2021 16:35h

Os internamentos nos hospitais da Região de Lisboa por covid-19 têm vindo a aumentar nas duas últimas semanas, reflexo do aumento dos contágios, mas a média de idade dos doentes baixou deixando de atingir os mais idosos.

Numa ronda feita hoje pela Lusa junto de vários hospitais que no início do ano viverem situações de grande pressão ao nível dos internamentos e de mortes por covid-19.

Ao final da manhã de hoje, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC), que integra os hospitais S. José, Curry Cabral, D. Estefânia, Capuchos, Santa Marta e Maternidade Alfredo da Costa, tinha 29 doentes com covid-19 internados em enfermaria e nove em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), totalizando 38.

“O plano anteriormente definido mantém-se ativo. Desse modo, as enfermarias serão preparadas e ativadas conforme as necessidades”, referiu o CHULC numa resposta enviada à agência Lusa.

Há cerca de um mês (09 de maio), este centro hospitalar tinha 15 doentes internados em enfermaria e três em UCI, adianta, recordando que o dia que registou mais internamentos foi a 07 de fevereiro, com 291 doentes em enfermaria e 55 em cuidados intensivos.

No Hospital Santa Maria, estão internados 28 doentes, oito dos quais em cuidados intensivos, disse uma fonte do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), que engloba também o Hospital Pulido Valente.

“A média de idades dos doentes é nesta altura de 55 anos quando em fevereiro era de 71 anos”, adiantou a mesma fonte, precisando que 33% dos internados têm mais de 60 anos quando em fevereiro representavam mais de 81% dos internados.

Segundo a fonte do CHULN, os doentes internados ainda não estão vacinados contra a covid-19.

Os números agora registados estão muito longe dos observados na terceira vaga da pandemia quando estavam internados, em fevereiro no Hospital Santa Maria 332 doentes em enfermaria e 66 em UCI.

Ao nível total de internados, o hospital tem agora cerca de 8% do que tinha em fevereiro. “Tem havido um aumento paulatino nas últimas duas semanas, reflexo do maior número de contágio nas Região de Lisboa, mas sem alarmismos”, sublinhou.

A mesma fonte disse ainda que o CHULN está preparado para abrir outra enfermaria assim que for necessário, mas frisou que toda a atividade do centro hospitalar não-covid se mantém.

“Nesta altura está a níveis 100% comparáveis com o período pré-pandemia e muitas vezes acima dos 100%” relativamente a cirurgias (mais de 2.100 realizadas em maio) e das consultas (mais de 65 mil no mês passado).

O Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, tem hoje 22 doentes infetados pelo vírus SARS-COV-2, dos quais 15 estão internados em enfermaria, quatro em UCI e três em Unidade de Hospitalização Domiciliária.

Há duas semanas (28 de maio), o HGO tinha sete doentes internados e todos em enfermaria.

Dos 22 doentes internados por covid-19, três têm menos de 39 anos, quatro têm entre os 40 e 49 anos, 12 têm idades entre os 50 e os 69 anos e três têm entre os 70 e os 79 anos.

“O HGO dispõe de uma enfermaria de isolamento dedicada à covid-19 cuja capacidade não se encontra lotada à data de hoje”, adianta na informação enviada à Lusa.

No Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) estão internados 22 doentes em enfermaria e três em cuidados intensivos, com uma média de idades de 63,5 anos.

Neste momento, o hospital tem uma enfermaria aberta com 30 camas e uma UCI com quatro camas, disse uma fonte hospitalar, referindo que em fevereiro chegou a ter 330 doentes internados em enfermaria e 42 de UCI

O Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO), que integra os Hospitais de São Francisco Xavier, Egas Moniz e Santa Cruz, tem internados 11 doentes, quatro dos quais em cuidados intensivos, sendo que um deles está vacinado com uma dose da vacina contra a covid-19.

Já o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, tem hoje 15 doentes internados em enfermaria e quatro em Cuidados Intensivos.

Nas últimas 24 horas, Portugal registou mais 519 casos de covid-19, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo, com 274 contágios, e uma morte, também nesta região.

Em Portugal, já morreram 17.044 pessoas dos 855.951 casos de covid-19 confirmados.

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