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Iémen: ONU realiza primeiro transporte aéreo de crianças doentes desde 2016

LUSA
03-02-2020 13:57h

As Nações Unidas realizaram hoje o primeiro transporte aéreo médico, desde 2016, de sete crianças doentes da capital iemenita, controlada pelos rebeldes Huthis, segundo um correspondente da agência de notícias France-Presse (AFP).

As sete crianças acompanhadas embarcaram num avião que descolou de Sanaa com destino a Amã, capital da Jordânia.

Desde 2016 que o aeroporto de Sanaa está fechado para voos comerciais.

"Este é um dia muito importante. É o primeiro voo de transporte aéreo médico. São pacientes que sofrem de doenças que não podem ser tratadas no Iémen e serão levados para a Jordânia", declarou Lise Grande, coordenadora da ONU no Iémen, aos jornalistas.

O conflito no Iémen, o país mais pobre da Península Arábica, provocou a pior crise humanitária do mundo, segundo as Nações Unidas.

A guerra opõe os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão, que assumiram o controlo da capital Sanaa em 2014, contra as forças do Governo apoiados por uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita.

Em novembro, a coligação sob o comando saudita, que controla o espaço aéreo do Iémen, anunciou que os pacientes que necessitam de cuidados médicos seriam autorizados a sair do aeroporto de Sanaa.

No mês passado, o enviado especial da ONU, Martin Griffiths, indicou que 30 pacientes iemenitas seriam retirados para receber "cuidados médicos não disponíveis no Iémen".

De acordo com várias organizações humanitárias, a guerra no Iémen provocou dezenas de milhares de mortes, principalmente civis, desde a intervenção em 2015 de Riade e a sua coligação.

Cerca de 3,3 milhões de pessoas ainda estão deslocadas e 24,1 milhões, mais de dois terços da população, precisam de apoio, referiu a ONU.

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