O PCP de Cascais iniciou uma campanha “sobre os problemas e prejuízos da parceria público-privada” (PPP) do Hospital de Cascais, defendendo o regresso da unidade hospitalar à gestão pública, informou hoje a concelhia do partido.
Numa nota, o PCP de Cascais adiantou que a campanha envolve ações de esclarecimento em todo o concelho e de mobilização dos utentes e trabalhadores, além de um abaixo-assinado “a exigir o fim da PPP do Hospital de Cascais e a reversão da sua gestão para a esfera pública”.
O abaixo-assinado identifica ainda as “carências de profissionais (médicos, enfermeiros, técnicos de saúde, assistentes administrativos e operacionais), procedendo à respetiva contratação e substituição das subcontratações e vínculos precários por contratações com vínculo público efetivo”.
O “adequado financiamento” do hospital, “medidas de reforço dos meios humanos, financeiros e materiais e o fim do parqueamento pago no Hospital de Cascais” são outras das exigências do PCP.
A concelhia comunista recorda ainda que o PCP propôs, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2020, “que o Governo fique impedido de renovar contratos de PPP que, entretanto, caduquem”.
Os comunistas propuseram ainda “medidas de alteração dirigidas ao fim das PPP e sua consequente reversão para o Estado, assegurando a manutenção dos postos de trabalho necessários à prestação do serviço de cada concessionária até conclusão desse processo”.
O contrato de gestão do Hospital de Cascais ao grupo Lusíadas terminou em 31 de dezembro de 2018.
No entanto, para preparar o lançamento de um novo concurso público internacional, para “uma nova parceria para a vertente clínica”, o Governo publicou em agosto de 2018 a renovação ao grupo Lusíadas do contrato de gestão por dois anos, eventualmente prorrogável por mais um ano, até à entrada em funções da nova entidade gestora.