As concessionárias do jogo em Macau garantiram que vão providenciar alojamento aos funcionários que vivem na China, anunciou hoje o Governo de Macau.
“As seis concessionárias/subconcessionárias manifestaram o seu apoio e responderam ao apelo do Governo da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau], disponibilizando-se para providenciar boas condições de alojamento para os seus trabalhadores não residentes que vivem fora do território”, de acordo com um comunicado conjunto da Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos e da Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais.
As concessionarias responderam assim ao apelo feito do domingo pelo Governo de Macau para que as operadoras dos casinos arranjassem alojamento em Macau aos trabalhadores não residentes que vivem na China, de forma a prevenir a propagação do surto do novo coronavírus.
“O Governo da RAEM, atento à situação atual da epidemia, tendo em vista a redução do fluxo de pessoas entre Macau e Zhuhai e a diminuição do risco de transmissão do vírus, apelou a todas as empresas de Macau, incluindo as concessionárias/subconcessionárias de jogo para que adoptem medidas para o alojamento dos seus trabalhadores não residentes”, indicou a mesma nota.
Cerca de 35 mil trabalhadores não residentes cruzam diariamente a fronteira entre Macau e Zhuhai, cidade chinesa adjacente ao território, de acordo com dados oficiais.
“Aos trabalhadores essenciais deverá ser providenciado alojamento temporário para que permaneçam em Macau”, já os não essenciais devem ficar em Zhuhai até que a “epidemia esteja sob controlo”, disseram as autoridades, reforçando assim o apelo feito neste domingo.
O apelo foi feito pelo Governo, no domingo, no mesmo dia em que Macau registou o primeiro caso de infeção de um habitante de Macau, somando agora oito casos de infeção e um dia depois do anúncio de que dois trabalhadores de casinos locais e que vivem em Zhuhai estavam infetados com o novo coronavírus.
Na mesma ocasião, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, retirou que “a população deve manter-se em casa e evitar saídas desnecessárias”.
Um apelo que é reforçado aos alunos e professores, que devem ficar em casa até ao recomeço das aulas, suspensas por período indefinido.