O Iraque anunciou hoje que está proibida a entrada de qualquer cidadão proveniente da China para evitar a propagação do coronavírus.
Em comunicado, o Ministério do Interior explicou que a decisão faz parte das medidas de proteção tomadas por países de todo o mundo para prevenir o contágio do coronavírus e proteger os cidadãos contra os efeitos desastrosos da epidemia.
Um número crescente de países decidiu fechar as fronteiras com a China para prevenir a propagação da doença que já matou mais de 300 pessoas e contaminou mais de 14.000, de acordo com um boletim publicado hoje.
Na sexta-feira, as autoridades iraquianas asseguraram não ter detetado a presença do vírus em qualquer iraquiano ou expatriados iraquianos no estrangeiro.
Na passada semana, um porta-voz do ministro iraquiano dos Negócios Estrangeiros declarou à agência France Presse que as autoridades do país se esforçam para repatriar 50 cidadãos nacionais – estudantes e seus familiares de Wuhan, onde a epidemia de pneumonia eclodiu, em dezembro último.
Centenas de trabalhadores chineses trabalham em campos de petróleo no Iraque, o segundo maior produtor de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
O Iraque não tem ligações aéreas diretas com a China.
A China elevou hoje para 304 mortos e mais de 14 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).
As Filipinas anunciaram também hoje a morte de um cidadão de nacionalidade chinesa, vítima de uma pneumonia causada pelo coronavírus, a primeira vítima fatal fora da China.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 outros países, com novas notificações na Rússia, Suécia e Espanha.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.