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PCP/Açores reivindica mais verbas para o Serviço Regional de Saúde

LUSA
08-02-2021 13:51h

O PCP/Açores defendeu hoje um reforço das transferências para o Serviço Regional de Saúde e a “mobilização e modernização” da capacidade de diagnóstico e terapêutica instalada, na sequência da pandemia da covid-19.

A Direção Regional do PCP Açores (DORAA), que esteve reunida no sábado na Horta, refere, num comunicado enviado às redações, que a pandemia “tem vindo a prejudicar ainda mais a vida do povo açoriano, sobretudo no que diz respeito às desigualdades sociais e à pobreza”, sendo “necessário tomar medidas para travar esta situação, nomeadamente na área da saúde e de defesa dos trabalhadores, micro, pequenos e médios empresários”.

Os comunistas consideram que o Serviço Regional de Saúde “tem respondido de forma pronta e adequada à pandemia”, mas, acrescentam, “não é menos rigoroso dizer-se que, por razões compreensíveis, os seus meios foram insuficientes para garantir o funcionamento regular no que diz respeito ao acompanhamento de outras patologias”.

O PCP/Açores, que perdeu representação parlamentar nas regionais do ano passado, quer que se proceda à recuperação de “todos os atos clínicos que ficaram em suspenso ou foram adiados, ao alargamento do número de camas de cuidados continuados e paliativos, à criação de uma reserva de equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde e ao reforço dos meios humanos, técnicos e profissionais na área da saúde pública, garantindo em particular o reforço dos profissionais de saúde”.

Para direção do PCP/Açores, empresas estratégicas como a transportadora aérea SATA, a conserveira Santa Catarina e a açucareira SINAGA devem continuar na esfera pública.

“O PCP manifesta-se frontalmente contra a privatização da conserveira Santa Catarina, tendo em conta a importância que esta empresa tem na divulgação da Marca Açores, no setor da indústria conserveira e, sobretudo, para a ilha de São Jorge, onde emprega mais de 140 trabalhadores, isto sem contar com os postos de trabalho indiretos que gera”, refere-se no comunicado.

Já em relação à extinção da Azorina - Sociedade de Gestão Ambiental e Conservação da Natureza, S.A, entendem os comunistas, “todos os trabalhadores desta empresa devem ser integrados na administração pública regional, independentemente do seu vínculo laboral, quer sejam trabalhadores com vínculo permanente, quer sejam trabalhadores a contrato ou em prestação de serviços”.

Para combater as desigualdades sociais e os indicadores de pobreza nos Açores, esta força política propõe um aumento dos salários, a começar com o salário mínimo nacional, passando o acréscimo regional de 5% para 7,5%, a par do crescimento da remuneração complementar, do complemento regional de pensões e abono de família.

O PCP/Açores, liderado por Marco Varela, quer ainda o “acesso universal aos equipamentos sociais, à educação, à saúde, à habitação e a todos os demais serviços e setores fundamentais para uma vida plena em comunidade”.

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