O Governo de Macau anunciou hoje que vai facilitar os processos e a integração em programas de apoio às micro, pequenas e médias empresas devido ao surto do novo coronavírus.
“Uma vez que a epidemia do novo tipo de coronavírus constitui pressão para a economia de Macau, a Direção dos Serviços de Economia (DSE) envida todo o esforço para apoiar as micro, pequenas e médias empresas, acelerando a apreciação e autorização dos pedidos” de planos de apoio, lê-se num comunicado divulgado pelas autoridades.
Em paralelo, reforçou o Governo de Macau, “as medidas para o reembolso dos diversos plano de apoio” vão ser ajustadas.
Esta medida abrange todas as empresas inseridas e que pretendem integrar o “Plano de Apoio a Pequenas e Médias Empresas”, o “Plano de Garantia de Créditos a Pequenas e Médias Empresas” e o “Plano de Garantia de Créditos a Pequenas e Médias Empresas Destinados a Projeto Específico”.
O Governo de Macau anunciou o prolongamento até sexta-feira dos feriados do ano novo chinês para a função pública, medida que foi adotada por várias empresas privadas, para diminuir o risco de contágio do novo coronavírus chinês, um dia depois de ter sido registado no território o sétimo caso importado de infeção.
A reabertura das escolas, de espaços culturais e desportivos, que já estavam encerradas desde a semana passada, foi adiada por tempo indeterminado.
Duas das ligações marítimas entre Macau e Hong Kong estão suspensas a partir de hoje e as restantes vão sofrer uma redução no número de viagens, também por tempo indeterminado.
As chegadas de visitantes a Macau durante a chamada "semana dourada" do Ano Novo Lunar, entre 24 de janeiro e hoje, desceram 76,5% comparativamente a igual período de 2019, indicou o 'site' dos Serviços de Turismo. A situação agrava-se com o número de visitantes provenientes da China continental: apenas 139.580 visitaram Macau, menos 81,7% comparando com o período das celebrações da entrada do ano do porco, no ano passado.
A China elevou para 170 mortos e mais de 7.700 infetados o balanço de vítimas do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).
Um estudo genético, conduzido por cientistas chineses, confirmou que o novo coronavírus com origem na China terá sido transmitido aos humanos através de um animal selvagem, ainda desconhecido, que foi infetado por morcegos.
A região de Wuhan encontra-se em regime de quarentena, situação que afeta 56 milhões de pessoas.
Vários países já começaram o repatriamento de cidadãos de Wuhan, cidade que foi colocada sob quarentena, na semana passada, com saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante um período indefinido, e diversas companhias suspenderam as ligações aéreas com a China.
A doença foi identificada como um novo tipo de coronavírus, semelhante à pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave, que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou.
As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que varia entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.