"A emissão do visto do nosso lado a favor dos moçambicanos e de cidadãos de outros países aqui em Maputo é normal, não sofreu nenhuma alteração, não suspendemos a emissão de vistos para a China", referiu a mesma fonte.

Ninguém realizou qualquer contacto formal com a representação diplomática para tratar de medidas que pudessem estar relacionadas com a emissão de vistos e a prevenção do coronavirus, acrescentou.

A mesma fonte desconhece se há limitações na China na emissão de vistos para Moçambique, realçando que essa é informação que cabe às entidades moçambicanas prestar.

A Lusa tentou hoje obter esclarecimentos junto do Governo moçambicano, mas não obteve nenhuma informação.

Helena Kida, ministra da Justiça e porta-voz do Conselho de Ministros, anunciou na terça-feira que uma das medidas de prevenção do coronavírus em Moçambique era a suspensão dos vistos de e para a China, mas sem detalhes.

"Dentro destas medidas [de prevenção] está a limitação de saída ou entrada no país de pessoas que eventualmente venham da China, aliás, é uma medida restritiva lá, sabendo que não se estão a emitir vistos daqui para a China ou da China para aqui", disse.

"Uma das medidas é esta suspensão dos vistos para a China", acrescentou logo depois.

Já na sexta-feira o Ministério da Saúde (Misau) moçambicano tinha anunciado que vai entrevistar os viajantes oriundos da China à chegada a Moçambique, nomeadamente ao aeroporto internacional de Maputo.

A China elevou hoje para 132 mortos e mais de 5.900 infetados o balanço do novo coronavírus detetado em dezembro na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, no centro do país.

Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Austrália, Canadá, França e Alemanha.