Criada a 19 de março de 2020, altura em que foi decretado o estado de emergência perante a “primeira vaga” da pandemia de covid-19, esta linha funcionou até 30 de junho, altura em que foi suspensa, para depois ser reativada a 02 de novembro, adiantou.

Durante o período de 19 de março a 30 de junho, esta linha de apoio recebeu 2.528 contactos, a maioria dos quais associados a questões psicológicas, sublinhou a fonte da autarquia do distrito do Porto.

Destes 2.528 telefonemas, 1.556 foram de apoio psicológico, 385 de apoio social e 780 de questões de saúde, voluntariado, direitos de trabalho, perda de rendimentos e pedidos de recolha de resíduos, sustentou.

Entre os apoios psicológicos prestados, esta linha passou a acompanhar 86 pessoas uma a três vezes por semana. Destas 86, aquando da suspensão da Linha de Apoio ao Isolamento, 34 foram encaminhadas para respostas da comunidade, 16 com mais de 65 anos foram absorvidas por um projeto de apoio aos idosos, 26 tiveram, entretanto, alta clínica e 10 mantiveram-se em atendimento pelos psicólogos quer pela dificuldade de encaminhamento imediato, quer pela natureza ou severidade dos problemas.

Contudo, para melhor servir a população foi criado um contacto de e-mail para facilitar o tratamento dos pedidos de apoio social, referiu a fonte.

“Este contacto foi utilizado quer pelos profissionais da Linha de Apoio ao Isolamento, quer por serviços da comunidade que, através do mesmo, encaminhavam situação de vulnerabilidade social”, sublinhou.

Para responder aos pedidos recebidos através deste e-mail foi criado um grupo de trabalho composto por técnicos da área social e por voluntários.

Este grupo recebeu, analisou e tratou 455 pedidos de apoio social, 136 dos quais de famílias com especial vulnerabilidade.

Neste âmbito, foram atribuídos e entregues em casa cabazes alimentares ou refeições cozinhadas, medicações e efetuada recolha de resíduos a 240 pessoas, revelou.

“As restantes 319 situações foram avaliadas e reportadas à Segurança Social, no sentido de facilitar o acesso a direitos”, vincou a fonte.

Entretanto, a linha foi suspensa a 30 de junho e reativada a 02 de novembro devido à “segunda vaga” da pandemia de covid-19, mas com a sua função reajustada.

“Assim, a Linha de Apoio ao Isolamento tem, desde novembro, como principal função a deteção, análise e resposta a necessidades sociais, uma vez que o apoio psicológico pode agora ser assegurado pela Linha SNS24, opção 4, ou pela ARS [Administração Regional de Saúde] do Norte”, ressalvou.

Desde essa altura, a linha já recebeu 100 contactos telefónicos, traduzindo-se no apoio social a 83 famílias, o que corresponde a 268 pessoas.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.075.698 mortos resultantes de mais de 96,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 9.686 pessoas dos 595.149 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.