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Covid-19: “Há muitos surtos (em lares) que podiam ter sido detetados numa fase inicial”, afirma Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS)  

CANAL S+ / VD
13-01-2021 16:57h

Maria João Quintela não tem dúvidas que a testagem regular de idosos em lares e instituições sociais de acolhimento podia ter evitado muitos surtos de COVID-19 em Portugal. Em entrevista ao S+, a vogal da Direção da CNIS, lembra que numa fase a palavra de ordem era: ”testar, testar, testar”, mas depois deixou-se “cair a questão”, sublinha.

A também médica e vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia lamenta que muitas medidas que são “programáveis”, não tenham sido tomadas mais cedo. Para a vogal da CNIS “há muitos surtos que podiam ter sido detetados numa fase inicial”, sobretudo “havendo disponibilidade de testes rápidos”, recorda.

A médica, especialista em geriatria, mostra-se ainda bastante preocupada com as “prioridades” definidas no Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19 que deixa de fora, numa fase inicial, os indivíduos com mais de 80 anos. Para Maria João Quintela “teria sido importante que o país desse um sinal que conta com os mais velhos e que os mais velhos contam”, atesta.

A vogal da Direção da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) adianta ainda que o “novo confinamento impõe-se para salvar vidas”. Com os números de novas infeções por SARS-COV 2 a subirem diariamente de forma bastante expressiva um pouco por todo o país “proteger os mais velhos é fundamental”, sublinha a especialista em geriatria e gerontologia.

Sobre a deslocação de elementos da Comissão Nacional de Eleições (CNE) a lares com urnas de voto, de modo a garantir que os idosos, que assim o desejarem, possam exercer o seu direito de voto nas Presidenciais de dia 24 de Janeiro, a dirigente da CNIS garante que a ”ida de urnas aos lares é uma solução de recurso... a possível”.

Maria João Quintela lamenta ainda que ”num mundo altamente computorizado, com novas tecnologias a adaptarem-se. Pergunto: quanto tempo faltará, para o cidadão português, possa votar à distância?”

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