O principal índice da bolsa de valores de São Paulo, Brasil, o Ibovespa, encerrou hoje com uma desvalorização de 3,29%, em 114.481 pontos, o mais baixo em 10 meses, devido ao receio de uma propagação acelerada do novo coronavírus.
A bolsa de São Paulo acompanhou o ritmo de queda global causada pelos alertas da expansão do novo coronavírus, detetado na China, que já fez 81 mortos e mais de 2.700 infetados, e pela elevação da sua classificação pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de risco moderado para um alto nível internacional.
Apesar da preocupação, o Ministério da Saúde do Brasil descartou hoje a sexta suspeita de coronavírus no país e anunciou que várias medidas de precaução já estão em andamento nos portos, aeroportos e fronteiras do país.
Na bolsa de São Paulo, as ações preferenciais da siderúrgica Gerdau lideraram as maiores perdas do dia, com queda de 7,94%, seguidas pelas ordinárias da Companhia Siderúrgica Nacional, que caíram 7,78%.
Num dia de grandes perdas, as ações ordinárias da gigante mineira Vale foram as mais negociadas e encerraram o dia com uma desvalorização de 6,12%.
A petrolífera estatal Petrobras, que também figurou entre os títulos mais procurados do dia, encerrou a sessão com uma queda de 4,33% nas suas ações preferenciais.
Do lado positivo, as ações preferenciais da Telefónica Brasil lideraram os maiores ganhos da sessão, com uma subida de 0,83%.
O volume de negócios na bolsa de São Paulo superou hoje os 23.867 milhões de reais (cerca de 5,15 milhões de euros), fruto de mais de 2.779.966 operações financeiras.
O novo coronavírus foi detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro da China).
Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá.
As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou.
As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.