"A Embaixada de Cabo Verde em Pequim está a assegurar permanente articulação com as autoridades chinesas competentes e a acompanhar a situação desses estudantes, aos quais o ministério pede que sigam escrupulosamente as orientações emitidas pelas autoridades sanitárias chinesas", avançou o Governo cabo-verdiano em comunicado.

A mesma fonte adiantou que vem acompanhando "com redobrada atenção" a evolução do surto do coronavírus na China, com foco na cidade de Wuhan, que acolhe mais de uma dezena de estudantes cabo-verdianos.

"Aos familiares em Cabo Verde, o ministério pede que se mantenham serenos e confiantes nas medidas adotadas pelas autoridades da China e nos esforços do Governo de Cabo Verde no sentido de que os nossos estudantes continuem a ter todo o acompanhamento que a situação requer", concluiu a nota governamental.

Numa publicação hoje, a embaixadora de Cabo Verde em Pequim, Tânia Ramualdo, disse que os 350 cabo-verdianos que estudam na China não registam casos suspeitos de infeção pelo novo coronavírus, incluindo os 16 em isolamento na cidade de Wuhan, epicentro do surto.

A diplomata avançou que "no geral" os estudantes cabo-verdianos na China "estão bem e não se regista nenhum caso" daquele novo vírus no seio da comunidade, que está dispersa por "todo o território" chinês.

O novo coronavírus foi detetado na cidade chinesa de Wuhan (capital da província de Hubei, centro do país) no final de 2019, e já provocou a morte de mais de 80 pessoas na China e mais de 2.700 infetados.

Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos da América, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá.

As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou.

As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.

O Governo decidiu prolongar o período de férias do Ano Novo Lunar, que deveria terminar na quinta-feira, para tentar limitar a movimentação da população.

Durante o período de incubação, os infetados não revelam sintomas, o que anula o efeito das medidas de rastreio, como medição de temperatura nos aeroportos ou estações de comboio.

Os sintomas incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias.