O número de mortos devido ao novo coronavírus detetado na China aumentou hoje para 41, depois de 15 pessoas terem morrido na província de Hubei, informaram as autoridades locais.
De acordo com as autoridades chinesas, citadas pelas agências France-Presse e AP, o número de casos confirmados é de cerca de 1.300.
As autoridades montaram uma operação de quarentena que vai cobrir 13 cidades na província de Hubei para tentar conter a propagação deste vírus.
O novo vírus, que causa pneumonia, foi detetado na China no final de 2019. Além do território continental chinês, estão confirmados casos em Macau, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão, Estados Unidos e França.
Em França foram confirmados três casos, de acordo com o Ministério da Saúde francês, sendo estes os primeiros na Europa.
As autoridades chinesas consideram que o país está no ponto "mais crítico" no que toca à prevenção e controlo do vírus e colocaram em quarentena, impedindo entradas e saídas, três cidades onde vivem mais de 18 milhões de pessoas — Wuhan, onde começou o surto, e as vizinhas Huanggang e Ezhou.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde anunciou a ativação dos dispositivos de saúde pública de prevenção, enquanto o Centro Europeu de Controlo de Doenças elevou para “moderado” o risco de contágio na União Europeia, continuando a monitorizar a situação e a realizar avaliações rápidas de risco.
O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde, reunido na quarta e quinta-feira, optou por não declarar emergência de saúde pública internacional, embora reconheça que há esse risco.
Os primeiros casos do coronavírus “2019 – nCoV” apareceram na cidade de Wuhan, capital e maior cidade da província de Hubei, no centro da China, quando começaram a chegar aos hospitais pessoas com uma pneumonia viral.
Os sintomas associados à infeção causada por este novo coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.
Dados preliminares, divulgados pela revista médica The Lancet, apontam algumas semelhanças entre o novo coronavírus e o coronavírus que esteve na origem da Síndrome Respiratória Aguda Grave, identificada pela primeira vez na China há mais tempo.