SAÚDE QUE SE VÊ

BE questiona Governo sobre "incapacidade de resposta" do INEM na Passagem de Ano

LUSA
24-01-2020 18:55h

O Bloco de Esquerda questionou hoje o Governo sobre os motivos que originaram a "incapacidade de resposta" do INEM na madrugada de 01 de janeiro na região do Grande Porto e que levaram a que "várias ambulâncias" ficassem "paradas".

Numa pergunta dirigida ao Ministério da Saúde, o deputado do BE Moisés Ferreira diz ter tido conhecimento de que na madrugada de 01 de janeiro, devido à falta de técnicos, o "INEM não foi capaz de criar um plano de emergência na região do Grande Porto", o que resultou em "várias ambulâncias do INEM paradas" em Matosinhos e na Maia, mas "não só".

Segundo o BE, é "conhecida e generalizada a falta" de técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH), situação que tem gerado a "paragem dos veículos do INEM e de sobrecarga dos profissionais".

"O Bloco de Esquerda relembra que esta não é uma situação nova e desde há vários anos tem alertado para o altíssimo número de profissionais que abandona o INEM e para a necessidade de contratar mais profissionais", defende o deputado.

No documento, o BE questiona por isso a tutela sobre os motivos que levaram à "incapacidade de resposta" na madrugada de 01 de janeiro, na região do Grande Porto, assim como se está previsto algum "plano para o reforço" de profissionais no INEM, além das contratações feitas em 2019.

"Embora se tenha verificado a contratação de 150 novos TEPH para o INEM, essa resposta continua a ser insuficiente para colmatar a saída dos profissionais que se verifica de ano para ano", afirma o deputado, adiantando que "a resposta a situações de emergência deve ser uma prioridade".

O BE pergunta ainda se o Governo tenciona "criar um concurso anual regular de contratação de profissionais" por forma a colmatar a saída de profissionais do INEM "que se verifica".

"Não podemos continuar a ignorar este problema que já se verifica há demasiado tempo", salienta o BE.

O deputado recorda também que no projeto de resolução apresentado pelo BE na anterior legislatura e aprovado, apenas com a abstenção do PS, estava "previsto o reforço da resposta do INEM através da contratação dos profissionais em falta com a realização de um concurso regular anual para a contratação de profissionais para o INEM, como forma de colmatar as saídas de profissionais"

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