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Vírus: Estados Unidos registaram já dois casos e infeções proliferam no Oriente

LUSA
24-01-2020 17:47h

Uma mulher de 60 anos regressada da cidade chinesa de Wuhan para Chicago, foi infetada com o novo coronavírus, tornando-se o segundo caso nos Estados Unidos, de acordo com as autoridades norte-americanas.

A mulher está hospitalizada para prevenir infeções, “mas está clinicamente bem”, disseram as autoridades sanitárias dos EUA em Chicago, referindo que ela tem procurado evitar contacto público, desde que regressou da China.

Este é o segundo caso do novo coronavírus nos Estados Unidos e as autoridades dizem que há ainda 11 pessoas que foram testadas com resultados negativos e 50 doentes que estão em análise, para verificar sinais desta tipologia de vírus detetado na China no final de 2019 e que já provocou a morte a pelo menos 25 pessoas.

O primeiro caso nos EUA, de um homem de cerca de 30 anos, tinha sido detetado perto de Seattle, na costa oeste, após ter regressado de Wuhan, em 19 de janeiro, estando agora em condição satisfatória.

Vários países estão a registar os primeiros casos de contaminação com o novo coronavírus, como é o caso da Coreia do Sul, onde um homem de 50 anos, que trabalhou em Wuhan, apresentou resultados positivos, o Japão, onde um homem de 30 anos foi hospitalizado com sinais positivos, Singapura, um homem de 66 anos e o seu filho de 37 também estão sinalizados.

Taiwan, com uma mulher de 50 anos, Tailândia, onde quatro casos (três chineses e uma tailandesa) e Vietnam, com a deteção do vírus em dois homens chineses (pai e filho), são outros países atingidos pelo surto.

Em Hong Kong, duas pessoas estão hospitalizadas, enquanto esperam resultados, e em Macau as autoridades anunciaram o primeiro caso em 22 de janeiro, de uma empresária de 52 anos, que chegou três dias antes num comboio proveniente da cidade chinesa de Zhuhai, tendo um segundo caso sido já registado pelas autoridades.

No território continental chinês há registo de mais de 800 pessoas infetadas e cerca de 1.000 casos suspeitos.

As autoridades chinesas consideram que o país está no ponto "mais crítico" no que toca à prevenção e controlo do vírus e colocaram em quarentena, impedindo entradas e saídas, três cidades onde vivem mais de 18 milhões de pessoas — Wuhan, a as vizinhas Huanggang e Ezhou.

Num esforço sem precedentes para tentar travar a propagação, cancelaram também as comemorações do Ano Novo chinês em várias localidades, incluindo a capital, Pequim.

Em Portugal, a Direção Geral de Saúde anunciou a ativação dos dispositivos de saúde pública de prevenção, enquanto o Centro Europeu de Controlo de Doenças elevou para ‘moderado’ o risco de contágio na União Europeia (UE), continuando a monitorizar a situação e a realizar avaliações rápidas de risco.

O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS), reunido terça e quarta-feira, em Genebra, na Suíça, optou por não declarar emergência de saúde pública internacional, receando que seja demasiado cedo, embora reconheça que há esse risco.

Os primeiros casos do vírus “2019 – nCoV” apareceram em meados de dezembro na cidade chinesa de Wuhan, capital e maior cidade da província de Hubei, no centro da China, quando começaram a chegar aos hospitais pessoas com uma pneumonia viral.

Os sintomas destes coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.

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