Pedro Ramos falava na Assembleia Legislativa, no Funchal, durante a discussão das propostas de Orçamento Regional, de 1.743 milhões de euros, e do PIDDAR - Plano e Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração da Região para 2020, no valor de 548 milhões de euros, observando que aquele aumento "corresponde a mais 6%" que o montante de de 2019, num verba global de 323,6 milhões de euros.

O secretário regional da Saúde anunciou que, nesta legislatura, o executivo pretende alcançar 100% de cobertura nos Centros de Saúde Primários, a redução das listas de espera, a criação da Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD), a redução das altas problemáticas, a consolidação dos cuidados hospitalares, o incremento dos cuidados paliativos, bem como intensificar a resposta da cirurgia de ambulatório.

"A Saúde e a Proteção Civil continuarão a ser prioritárias para o Governo da Região Autónoma da Madeira", afirmou, assegurando que o Orçamento Regional para 2020 "vai permitir continuar a concretizar o acesso aos cuidados primários, a saúde mental, o tratamento de doenças como a Hepatite e a SIDA, o acesso aos medicamentos e à inovação".

Pedro Ramos disse ainda que a proposta de Orçamento permitirá uma "diferente organização do Serviço Regional de Saúde e do Instituto de Administração da Saúde com novos estatutos e regulamento" e "uma consolidação da governança clínica, preparando o novo hospital [do Funchal] para uma melhor organização e planificação de acordo com as novas diretrizes das instituições de saúde".

O secretário regional apontou também que o Governo espera a eliminação gradual das altas problemáticas até 2023, alterar o esquema da Convenção com a Ordem dos Médicos, criar condições vantajosas para a fixação dos profissionais no Serviço Regional de Saúde, assegurar a formação profissional e criar uma brigada de registo e análise na Saúde na Madeira.

Pedro Ramos revelou que entre 2015 e 2019 o Governo Regional investiu 2.000 milhões de euros no setor, tendo sido realizadas 30.000 cirurgias nos últimos cinco anos, 13.000 das quais em 2019.

O governante perspetivou que, entre 15 de janeiro e 15 de dezembro deste ano, vão ser realizadas 3.500 operações adicionais.

"Está esgotada a capacidade dos profissionais do setor no horário normal de trabalho", reconheceu.

Na área da Proteção Civil, Pedro Ramos adiantou que o Governo vai manter o helicóptero para o combate inicial dos incêndios florestais, igualmente preparado para o resgate em montanha (615 mil euros) e apoiar as associações de bombeiros (2,5 milhões de euros).