A antiga escola primária de Presandães vai transformar-se num centro de atividades ocupacionais e servir 30 utentes da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), fornecendo uma resposta social inexistente no concelho de Alijó.
O Município de Alijó celebrou hoje um contrato de comodato com a APPACDM de Vila Real - Sabrosa, que prevê a instalação de um centro de atividades ocupacionais (CAO) no edifício da antiga escola de Presandães, aldeia próxima da vila sede de concelho.
“Este contrato vai permitir dar uma nova vida a um edifício público que não tem uso há vários anos, através da colaboração com a APPACDM que pretende ali criar uma nova resposta social para a comunidade”, afirmou o presidente da Câmara, José Rodrigues Paredes.
A APPACDM possui um lar residencial a funcionar em Alijó, no entanto, durante o dia os utentes têm de ser deslocados para o CAO que funciona na vila de Sabrosa.
Helena Lapa, presidente da direção da APPACDM, disse à agência Lusa que o novo espaço vai servir cerca de 30 utentes que estão no lar residencial de Alijó e que diariamente se deslocam a Sabrosa, para terem acesso a uma resposta social diurna.
“O CAO pretende evitar deslocações e, tendo em conta que muitos dos utentes têm patologias graves, o agravamento do seu estado de saúde”, explicou.
Segundo a responsável, para esta resposta social, serão criados entre 14 a 15 novos postos de trabalho de monitores, técnicos e auxiliares.
“É um sonho de há algum tempo e finalmente poderá ser concretizado”, afirmou.
A presidente da associação não avançou com datas para a entrada em funcionamento da nova resposta social, mas espera que seja o mais “rapidamente possível”.
A instituição está a ultimar o projeto que irá ser alvo de uma candidatura ao Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES).
“O distrito de Vila Real tem falha de resposta e o concelho de Alijó, em particular, não tem nenhuma resposta diurna ligada à área da deficiência”, sublinhou.
Helena Lapa adiantou que o espaço do antigo estabelecimento escolar não é suficiente, pelo que será necessário construir mais dois edifícios nas traseiras da escola primária, que estarão ligados entre si.
O edifício escolar será requalificado e, segundo Helena Lapa, será mantido na sua forma original de estilo neoclássico.
O município de Alijó, proprietário da escola primária, cedeu o imóvel de forma gratuita à APPACDM durante um prazo de 30 anos.
A associação apoia de forma direta 140 utentes, mas intervém junto de cerca de 1.700 crianças, jovens e adultos, através, por exemplo, do centro de respostas integradas (CRI) Douro e da equipa de intervenção precoce.