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Macau reforça medidas de prevenção contra novo tipo de pneumonia viral

LUSA
20-01-2020 12:07h

As autoridades de Macau anunciaram hoje o reforço da prevenção contra um novo tipo de pneumonia com origem na China, no mesmo dia em que foi relatado um aumento acentuado do número de infetados com o vírus.

O controlo destina-se sobretudo aos passageiros provenientes de Wuhan, capital da província de Hubei, com cerca de 11 milhões de pessoas e onde se registou hoje a terceira morte causada por este tipo de vírus, indicaram responsáveis dos Serviços de Saúde, em conferência de imprensa.

“Todos os turistas que chegam de Wuhan ao território - por via aérea, marítima ou terrestre - passam a ser verificados individualmente”, através do controlo de temperatura e de uma declaração de saúde, esclareceu aos jornalistas o porta-voz dos Serviços de Saúde, Vítor Moutinho.

As medidas são conhecidas no mesmo dia em que a Coreia do Sul informou ter detetado o primeiro caso no país e depois de a China ter relatado um terceiro morto e um aumento acentuado no número de infetados com este novo tipo de pneumonia.

As autoridades chinesas confirmaram 136 novos casos, elevando o número total de infetados com a nova pneumonia viral para 198, incluindo dois em Pequim e um em Shenzhen, na fronteira com Hong Kong.

O surto coincide com o período de viagens mais movimentado na China, já que milhões de pessoas viajam nesta altura por ocasião das férias do Ano Novo Lunar.

Em Macau, região administrativa especial chinesa, não existe até ao momento qualquer caso confirmado, com as autoridades a contabilizarem apenas 13 casos suspeitos que estão a ser “alvo de investigação e rastreio”.

Sobre o nível de alerta, as autoridades confirmaram que se mantém no nível 3, em vigor desde o dia 05 de janeiro.

A legislação de Macau define cinco níveis de alerta, sendo o primeiro “especialmente grave” e o quinto “normal”. O nível de alerta três é um grau de risco médio que exige um acompanhamento mais apertado.

Outras medidas anunciadas hoje têm a ver com o reforço da publicidade e da consciencialização nos postos fronteiriços.

Os Serviços de Saúde adiantaram também que há 137 camas disponíveis para tratar casos suspeitos no hospital São Januário e 60 quartos disponíveis “para isolamento” em Coloane.

Um artigo publicado na sexta-feira por cientistas de um centro de investigação do Colégio Imperial de Ciência, Tecnologia e Medicina de Londres apontou que o número de pessoas infetadas na cidade chinesa provavelmente ultrapassou o milhar de casos e é muito superior àquele avançado pelas autoridades locais.

Investigadores do Centro de Análise Global de Doenças Infecciosas, que aconselha instituições como a Organização Mundial de Saúde (OMS), estimam que "um total de 1.723 casos" em Wuhan apresentavam sintomas da doença desde 12 de janeiro.

As autoridades chinesas determinaram que vários pacientes são vendedores num mercado de mariscos situado nos subúrbios de Wuhan, e, entretanto, encerrado.

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