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Covid-19: Pandemia marca Cimeira Mundial de Saúde deste ano, totalmente virtual

LUSA
23-10-2020 13:40h

A pandemia provocada pelo novo coronavírus marca inevitavelmente a Cimeira Mundial da Saúde deste ano e que a partir de domingo junta virtualmente centenas de políticos, académicos e representantes de organizações internacionais e empresas.

O encontro, que decorre exclusivamente pela Internet, terá intervenções de cerca de 300 oradores, entre os quais o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o secretário geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Ghebreyesus, ou o presidente do Centro de Controlo de Doenças chinês, George Gao.

Entre domingo e terça-feira, estarão em contacto representantes de cerca de uma centena de países em 50 sessões de discussão.

Portugal estará representado pela ministra da Saúde, Marta Temido, e pelo deputado social-democrata Ricardo Batista Leite, que é também coordenador de Saúde Pública no Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa.

Por parte da Organização Mundial de Saúde, o foco estará nas tecnologias digitais para a saúde, que a aquela agência das Nações Unidas considera que são “novas ferramentas para resolver problemas dos sistemas de saúde e criar um futuro equitativo”.

“Se queremos concretizar os benefícios da transformação digital nos cuidados de saúde, será necessária uma colaboração global entre governos, parceiros de desenvolvimento e dadores, o setor privado, a sociedade civil, a academia e as organizações não-governamentais”, lê-se na declaração da OMS sobre a sessão que juntará Tedros Ghebreyesus, a comissária europeia para a Saúde e Segurança Alimentar, Stella Kyriakides, e a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, na segunda-feira.

O desenvolvimento de vacinas, a resposta à pandemia, a investigação em curso e a preparação para pandemias futuras serão temas em análise durante os painéis, numa cimeira em que não se falará só de covid, mas também de saúde infantil, cancro da mama, saúde e alterações climáticas, saúde feminina, HIV ou a situação específica dos refugiados e migrantes.

Embora os painéis de discussão comecem na manhã de domingo, a cerimónia de abertura, com António Guterres, von der Leyen, realiza-se à tarde, com transmissão em direto através da página de internet da cimeira (https://www.worldhealthsummit.org), através da qual também é possível assistir a outros painéis, mediante registo.

A Cimeira Mundial da Saúde é organizada desde 2009 pela Alemanha, França, Comissão Europeia e OMS.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 41,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.245 pessoas dos 109.541 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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