As causas podem ser diferentes: genética, 60% dos gagos têm um familiar que gagueja; neurológica, as pessoas com gaguez usam áreas neuronais distintas de pessoas que não gaguejam; e psicossocial, ligada ao meio em que vivem e às pessoas que os rodeiam.

Apesar da facilidade de acesso a informação, ainda existem mitos sobre as causas da gaguez e a personalidade dos gagos, que a associação pretende desmistificar.

No entanto, há uma situação que não é mito. De facto, quando cantam as pessoas gagas não gaguejam, e a ciência explica porquê.

Ainda que não exista uma cura, há tratamentos que podem atenuar ou tornar impercetível a gaguez. A terapia da fala é o mais comum, mas cada caso deve ser avaliado para que se escolha a terapêutica mais adequada.

José Carlos Domingues afirma que “a intervenção precoce faz toda a diferença”, pois quanto mais tarde for identificada a gaguez, menor a probabilidade desta desaparecer.

Existem muitas figuras públicas, nacionais e internacionais, que sendo gagas, contribuem para acabar com o estigma e o preconceito que possa ainda surgir. Entre elas estão: a jornalista Maria João Seixas, o pianista Mário Laginha, a deputada Joacine Katar Moreira, que não deixaram de seguir os seus sonhos por causa da gaguez. Existem ainda estrelas de Hollywood que a maioria se calhar não sabe que são gagas como Bruce Willis, Nicole Kidman, Rowan Atkinson, Anthony Hopkins, entre tantas outras.

Neste Dia Mundial de Consciencialização para a Gaguez é importante reforçar a ideia que estas pessoas têm as mesmas capacidades que as outras, e que a gaguez é uma característica que não pode ser impeditiva do seu sucesso, como afirma José Carlos Domingues.