Em entrevista ao Canal S+, Filipa Mota e Costa, diretora geral da Janssen Pharmaceutical sublinha que “A indústria não está numa corrida, uns contra os outros, mas contra o tempo”. Para a responsável “toda a colaboração nunca será demais”, assegurando ao mesmo tempo que “todos os passos que estão a ser dados, como deviam” e que “o rigor é o mesmo”, garante.

Filipa Mota e Costa explica ainda que “o desenvolvimento de uma vacina é algo que nunca termina” referindo-se aos mecanismos de fármaco-vigilância existentes nos Estados Unidos, na Europa e no Japão. Para a diretora geral da Janssen Pharmaceutical “percalços existem sempre e são normais” no desenvolvimento de novos fármacos, como sucedeu de resto recentemente com uma das vacinas candidatas contra a COVID-19.  O importante, neste caso concreto da pandemia motivada pelo vírus SARS-COV-2, é “concentrar recursos e esforços humanos e financeiros para que mal termine uma fase, possa começar logo outra, sem demoras”, afirma a engenheira, que há 4 anos, lidera a Janssen Pharmaceutical.

Neste momento, a Janssen Pharmaceutical, que pertence ao Grupo Johnson & Johnson, tem uma vacina candidata contra a COVID-19, na fase 3 de desenvolvimento, que corresponde já a ensaio clínico e espera ter, em 2021, 1 bilião de doses disponíveis para vacinar populações em todos os continentes. Para garantir esse propósito, a farmacêutica estabeleceu diversos acordos locais com empresas parceiras, de modo a cumprir a produção das doses necessárias.

Filipa Mota e Costa relembra que “estamos a viver um momento único da nossa História como humanidade em que a preocupação global, de chegar a todo o mundo, revela grande equidade”. Para a diretora geral da Janssen Pharmaceutical “isso deve deixar-nos orgulhosos”.

O acordo envolvendo as 16 maiores empresas de indústria farmacêutica e a Fundação Bill & Melinda Gates visa garantir total equidade no acesso a uma futura vacina contra a COVID-19 a todos os países, incluindo os de menores recursos financeiros.