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“A dermatite atópica deve ser reconhecida como doença crónica e valorizada por todos”, afirma ADERMAP

CANAL S+ / VD
18-09-2020 13:43h

Na semana em que se assinalou o Dia Mundial da Dermatite Atópica (14 de Setembro), Joana Camilo em entrevista ao Canal S+ garante que “uma das principais mensagens a transmitir aos doentes é que não estão sozinhos”.

A presidente da Associação de Dermatite Atópica de Portugal (ADERMAP) gostava de ver a dermatite atópica, que afecta cerca de 440 mil portugueses, “reconhecida como uma doença crónica e valorizada por todos”, sublinha.

A dermatite atópica é uma doença inflamatória da pele que tanto pode surgir em adultos como em crianças. Trata-se de uma patologia incurável que oscila em função de fatores genéticos e ambientais. Estudos recentes indicam que em todo o mundo 10 a 20% das crianças sofrem de dermatite atópica em comparação com 1 a 3% dos adultos.

Esta semana, a ADERMAP apresentou o primeiro estudo sobre o "Impacto da Dermatite Atópica em Portugal". Uma das principais conclusões foi que “em média, uma pessoa gasta 1800 euros/ano para se tratar”, afirma Joana Camilo, presidente da Associação Dermatite Atópica Portugal.

O estudo realizado em parceria pela NOVA Information Management School (NOVA IMS) da Universidade Nova de Lisboa com a Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV) aponta ainda que “há uma tendência para um agravamento da doença”.

Segundo Joana Camilo, presidente da ADERMAP, “até 30% dos casos registados na infância, persistem na idade adulta e 72% dos doentes apresentam comorbilidades associadas”. A presidente da Associação de Dermatite Atópica Portugal refere ainda que “a doença na Europa força 2,7 dias de absentismo aos doentes, devido à sua natureza imprevisível”.

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