O primeiro-ministro cabo-verdiano pediu “consciência individual” no uso de máscaras de proteção à transmissão da covid-19 na via pública, após a sua utilização ter sido estabelecida como um “dever cívico de todos os cidadãos”.
“A mensagem é que é um problema de consciência individual, proteger a saúde das pessoas, proteger também a saúde dos jovens, porque eles também apanham covid-19 e podem ter consequências”, disse Ulisses Correia e Silva, citado hoje pela agência de notícias cabo-verdiana Inforpress.
O uso obrigatório de máscaras na via pública foi anunciado pelo ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, em 07 de agosto, e, desde então, o diploma estava com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que o promulgou, mas como um “dever cívico de todos os cidadãos”.
O diploma entrou em vigor na quarta-feira.
O decreto não prevê sanções para quem não utilizar máscaras na via pública, mas o primeiro-ministro não descartou essa possibilidade, tendo em conta que o Governo vai agendar um debate de urgência no parlamento sobre o assunto.
Para o chefe do Governo de Cabo Verde, é necessário reduzir a propagação do vírus, reduzindo também o nível de contágio, caso contrário, ressaltou, altos níveis vão afetar a economia, o emprego, o rendimento e a vida das pessoas.
Ulisses Correia e Silva voltou a apelar ao reforço da responsabilidade individual para combater a propagação do vírus no país, e pediu o cumprimento das medidas de proteção e prevenção.
Na quarta-feira, o Governo prorrogou o estado de calamidade nas ilhas de Santiago e do Sal e declarou-o na ilha do Fogo, os três focos da doença, e adotou novas medidas de combate à propagação do novo coronavírus.
Cabo Verde contava até 02 de setembro com um acumulado de 4.048 casos de covid-19, com 41 mortos.
A pandemia do coronavírus que provoca a covid-19 já causou mais de 863 mil mortos e infetou mais de 26 milhões de pessoas no mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.