Há dez anos que o hospital tem um projeto para construir uma ala pediátrica, mas desde então o serviço tem sido prestado em contentores.
Esta segunda-feira, o presidente da Associação O Joãozinho, Pedro Arroja, adiantou à Lusa que vai abandonar definitivamente a construção da ala pediátrica, da qual tem titularidade, por ter levado ao “limite a sua missão mecenática”.
Pedro Arroja contou que a associação “levou ao limite a sua missão relativa à construção por via mecenática da ala pediátrica”, tendo dado instruções ao consórcio das construtoras para levantar durante esta semana o estaleiro da obra que se encontra nos terrenos da unidade hospitalar.
O Joãozinho aguarda há mais de três anos que o Hospital de São João lhe ceda o espaço, cumprindo a cláusula 1.ª do acordo de cooperação, para prosseguir a empreitada, interrompida em março de 2016, recordou.
Em fevereiro, a ministra da Saúde, Marta Temido, reuniu no Porto com o presidente da Associação O Joãozinho, titular da empreitada, o porta-voz da Associação Pediátrica Oncológica do Hospital de São João e com elementos da administração do hospital para tentar estabelecer um acordo.
Contudo, nessa altura, não houve acordo entre as partes envolvidas no processo e a associação interpôs uma ação cível em tribunal para obrigar o hospital a libertar o espaço destinado à ala pediátrica. Dias depois, o hospital anunciou ter desencadeado os procedimentos legais para a tomada de posse administrativa do terreno.
Nessa ocasião, a governante reafirmou que as obras da nova ala pediátrica começam no final deste ano ou início do próximo.
O parlamento aprovou em novembro, por unanimidade, a proposta de alteração do PS ao Orçamento do Estado para 2019, de forma a prever o ajuste direto para a construção da ala pediátrica.