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Covid-19: PCP defende reforço da intervenção da saúde pública em focos identificados

LUSA
08-06-2020 15:11h

Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, apelou hoje a um reforço da intervenção das unidades de saúde pública no controlo dos focos da covid-19 no país, em colaboração com as autarquias, particularmente na área laboral.

À saída da oitava reunião entre partidos e epidemiologistas no Infarmed, em Lisboa, Jerónimo de Sousa destacou a "importância que tem neste momento o reforço da intervenção do Serviço Nacional de Saúde e da saúde pública" no combate à pandemia, nomeadamente nos surtos identificados na região de Lisboa e Vale do Tejo.

"Consideramos que com esta questão do reforço da intervenção da saúde pública, naturalmente articulado com as autarquias e, claro, com o governo, que é possível ir a esses focos, resolvê-los e permitir que também aqui em Lisboa e Vale do Tejo exista essa sensação por parte da população de que a situação está controlada", considerou o secretário-geral comunista.

Jerónimo insistiu ainda na responsabilidade das empresas, "sejam elas de trabalho temporário ou não", em colocar medidas de higiene e segurança nos locais de trabalho, algo que classificou como "fundamental".

O líder comunista alertou igualmente para "o problema da coabitação, que exige acompanhamento e medidas" particularmente em relação à questão dos alojamentos, ressalvando no entanto que "isto não chega por si".

"Quando se põe alguém confinado, trabalhadores designadamente que perderam tudo, e há muitos que nesta situação tendo em conta as consequências do vírus, são necessárias medidas que garantam, por exemplo, o rendimento a essas pessoas", sublinhou.

Questionado sobre o comício ao ar livre realizado pelo PCP este fim de semana, em Lisboa, Jerónimo de Sousa considerou que este foi "um exemplo em como não há contradição entre o exercício das liberdades, respeitando as normas sanitárias", sublinhando que "isso foi claro".

Quanto ao controlo na chegada de passageiros ao país, o líder expressou alguma preocupação com a matéria, considerando que são necessárias "medidas mínimas" para quem entra no país, para que todos possam "desfrutar" do território português.

A pandemia de covid-19, doença provocada por um novo coronavírus detetado em dezembro do ano passado no centro da China, atingiu 196 países e territórios.

Em Portugal, os primeiros casos foram confirmados no dia 02 de março e já morreram 1.485 pessoas num total de 34.885 contabilizadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS).

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