O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou hoje a aprovação de uma ajuda financeira de urgência à Jordânia avaliada em 396 milhões de dólares (361 milhões de euros) para minimizar o impacto na economia da pandemia de covid-19.
“Esta ajuda financeira de urgência ajudará a responder às necessidades” do país, que registou um significativo aumento das suas despesas na área da saúde, indicou em comunicado a instituição financeira.
Em paralelo, contribuirá para “ajudar as famílias e empresas mais afetadas pela crise”, precisa o texto.
O conselho de administração do FMI aprovou a concessão deste montante através do seu Instrumento de financiamento rápido, que permite acelerar a disponibilização de fundos face aos seus restantes instrumentos.
“Desde a epidemia de covid-19 que a Jordânia desenvolveu esforços pró-ativos para proteger a segurança dos seus cidadãos e refugiados”, sublinhou o FMI, numa particular referência à instauração de um “estrito” recolher obrigatório, a hierarquização das despesas de saúde e medidas para suavizar o impacto nas empresas e famílias.
A instituição de Washington assinala ainda que “as perspetivas económicas da Jordânia a curto prazo degradaram-se consideravelmente após a aprovação pelo FMI em março” de um programa de ajuda de 1,3 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros).
Do total deste montante aprovado em março, as autoridades jordanas receberam de imediato uma primeira parcela de 139,23 milhões de dólares (cerca de 127 milhões de euros).
A Jordânia, em profunda crise económica e social, tem registado protestos populares, alguns reprimidos com violência pelas forças de segurança.
No final de março, o rei Abdullah II assinou um decreto que concede poderes excecionais ao Governo. Veículos blindados foram deslocados para a rua e centenas de pessoas detidas por supostamente não acatarem o recolher obrigatório.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 328 mil mortos e infetou mais de cinco milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,8 milhões de doentes foram considerados curados.