SAÚDE QUE SE VÊ

E você, que atenção presta à sua pele?

Canal S+ / TB
20-05-2020 11:48h

Manchas, sinais, caroços, feridas ou pele a escamar. Estes são possíveis sintomas do aparecimento de um cancro de pele, que pode ser de vários tipos e que em Portugal tem cerca de 13 mil novos casos identificados a cada ano. E como o melhor é sempre prevenir, a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo aposta na sensibilização com o Dia do Euromelanoma, que hoje se assinala pela 21ª ocasião.

Qual foi a última vez que fez um rastreio ao cancro da pele? Ou que fez um autoexame? Ou até que reparou se lhe apareceram um sinal ou uma mancha? É precisamente com o propósito de despertar a sua atenção para a urgência de, ao aproximarem-se os dias de maior calor, cuidar da sua pele e protegê-la dos malefícios da exposição solar desregulada que a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, com o apoio da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia e da Direção-Geral da Saúde, volta a assinalar o Dia do Euromelanoma.

A pandemia de COVID-19 veio limitar as habituais ações junto da população, mas de acordo com as entidades organizadoras, os portugueses continuam a dispor de toda a informação necessária para fazerem da prevenção a sua maior arma e, em caso de identificação de sintomas, poderem agir rapidamente para um diagnóstico precoce que assume importância fulcral para o sucesso do tratamento.
Este ano, à subida das temperaturas e dos índices ultravioletas acresce outra ameaça: o novo coronavírus proibiu-nos de sair à rua e de habituar a nossa pele ao sol, deixando-a impreparada para o calor que aí vem.

Quanto aos cancros de pele, esses continuam a aumentar, renovando-se por isso a cada ano a pertinência de assinalar o Dia do Euromelanoma. Um aumento deve-se ao cada vez maior número de horas de exposição solar, seja em trabalho, desporto ou lazer. Osvaldo Correia é dermatologista e Presidente da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo e lembra que os efeitos da carga solar na pele são cumulativos, e que as potenciais lesões vão-se agravando a cada ano que passa.

A efeméride que hoje se assinala tem, ao longo dos anos, contribuído para alertar os portugueses para a necessidade de fazerem um rastreio ao cancro de pele, e se em 2020 a pandemia de COVID-19 implicaria sempre limitações ao contacto com as pessoas, Osvaldo Correia relembra que toda a informação essencial a uma prevenção adequada continua a estar disponível no site oficial da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo.

Numa altura em que os índices ultravioletas já são elevados, este especialista relembra a importância de consultar informação sobre os sinais de alerta para os cancros de pele e sobre o que fazer em matéria de prevenção. E se toda esta evidência se repete a cada ano, o momento atual inspira um cuidado ainda maior, em virtude do confinamento a que os portugueses estiveram sujeitos e ao facto da pele não ter estado exposta ao sol durante as últimas largas semanas. Ao saírem agora à rua, ela está muito menos preparada para resistir à intensidade solar.

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