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Covid-19: Santa Casa da Misericórdia não regista nenhum infetado entre idosos

LUSA
18-05-2020 19:27h

Nenhum dos 430 idosos a cargo da Santa Casa de Misericórdia de São Tomé e Príncipe foi afetado pela covid-19, disse hoje à Lusa a diretora executiva da instituição, afirmando que estão a ser tidos "cuidados redobrados".

"Graças a Deus não, temos tido a sorte e vivemos de coração nas mãos, mas felizmente nenhum dos nossos idosos teve ainda essa doença. Estamos a tomar todas as providências, absolutamente todas, todas as indicações da Organização Mundial da Saúde [OMS], todas as indicações do Ministério da Saúde estão a ser acatadas pela instituição", disse à Lusa Aida Beirão, diretora executiva da Santa Casa da Misericórdia.

As medidas adotadas pela Santa Casa da Misericórdia incluem, entre outras, a restrição das visitas aos idosos.

No Centro de Dia da Região Autónoma do Príncipe existem 67 idosos, alguns portadores de deficiências, e no Lar Betânia existem outros dez idosos em regime interno, totalizando 77 pessoas. Além disso, a Santa Casa dá apoio alimentar externo a mais dez pessoas.

No âmbito das medidas de proteção contra a infeção do novo coronavírus entre os idosos, a Santa Casa decidiu dar apoio domiciliário para evitar a aglomeração de pessoas, bem como apoios médico e medicamentoso, incluindo de animação.

"Neste momento, o que estamos a dar é o apoio no domicílio", explicou a responsável.

"Os lares estão fechados há cerca de dois meses, os funcionários, as equipas de trabalho estão a viver lá, não saem e estamos a fazer o possível para que os nossos idosos não sofram", explicou Aida Beirão.

A instituição recebeu um apoio financeiro de dois mil euros do Rotary Club de São Tomé e Príncipe para compra de alimentos para serem canalizados apenas para os idosos da ilha do Príncipe.

"Nessa fase difícil que todos nós atravessamos, essa ajuda é excelente", considerou a diretora executiva da Santa Casa, que além dos 430 idosos tem também sob a sua tutela três jardins de infância com a mesma quantidade de crianças.

Até esta segunda-feira, São Tomé e Príncipe registou 246 casos acumulados de covid-19 e sete mortos.

Em África, há 2.764 mortos confirmados, com mais de 84.500 infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (1.032 casos e quatro mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (522 casos e seis mortos), Cabo Verde (328 casos e três mortes), São Tomé e Príncipe (246 casos e sete mortos), Moçambique (145 casos) e Angola (48 infetados e dois mortos).

O país lusófono mais afetado pela pandemia é o Brasil, com mais de 16.100 mortes e mais de 241 mil infeções.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 315.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.

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