Além dos testes, o grupo português também doou 300 zaragatoas (materiais de coleta de testes), que vão permitir ao laboratório nacional da Saúde Pública guineense "poupar nos testes PCR, que são muito mais caros e escassos no mercado", notou David Peixoto.

Os testes PCR são aqueles utilizados na deteção do vírus causador da covid-19.

Os testes rápidos agora oferecidos pelo grupo português permitem ter uma resposta em 15 minutos, enquanto os testes PCR necessitam de cerca de cinco horas.

"São testes rápidos certificados por um laboratório em Portugal", declarou David Peixoto.

Nos últimos dias, muitos guineenses têm questionado os resultados dos testes que são feitos pelo Laboratório Nacional da Saúde Pública em Bissau.

A empresa portuguesa ofereceu, em março, ao Ministério da Saúde guineense 32.500 máscaras, 50 mil luvas, 30 litros de gel desinfetante e 15 litros de sabão líquido concentrado.

O administrador da empresa, que decidiu ficar em Bissau, numa altura em que a maioria de membros da comunidade portuguesa preferiu regressar a Portugal, disse que "mais ajudas virão" no âmbito da parceria com o Ministério da Saúde guineense, para o combate à covid-19.

A Guiné-Bissau registou até hoje 457 casos de covid-19, incluindo dois mortos e 24 recuperados.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prolongou, pela segunda vez, o estado de emergência no país até 11 de maio.

No âmbito do combate à pandemia, as autoridades guineenses encerraram também as fronteiras, serviços não essenciais, incluindo restaures, bares e discotecas e locais de culto religioso, proibiram a circulação de transportes urbanos e interurbanos e limitaram a circulação de pessoas ao período entre as 07:00 e as 14:00.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 251 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.