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Covid-19: Primeira morte devido ao coronavírus nas zonas rebeldes no Iémen

LUSA
05-05-2020 18:19h

Os rebeldes do Iémen anunciaram hoje a primeira morte devido ao novo coronavírus nas zonas que controlam no norte e oeste do país em guerra, precisando tratar-se de um somali que morreu num hotel da capital, Sanaa.

Este é também o primeiro caso anunciado do novo coronavírus nas regiões sob controlo dos rebeldes Huthis. Nas zonas controladas pelo governo iemenita reconhecido internacionalmente foram oficialmente registados 21 casos, incluindo três mortes.

“Um imigrante somali que se encontrava num hotel em Sanaa testou positivo para o novo coronavírus. Ele morreu no domingo”, declarou à imprensa em Sanaa o ministro da Saúde do governo rebelde, Taha al-Mutawakkil.

As Nações Unidas e as organizações humanitárias temem uma catástrofe se o vírus se propagar neste país pobre da península arábica, onde a guerra desde 2014 acabou com um sistema de saúde já muito frágil.

Segundo organizações não-governamentais, a guerra matou dezenas de milhares de pessoas, essencialmente civis. A ONU atribui ao conflito armado a pior crise humanitária no mundo, adiantando que mais de 80% dos habitantes do Iémen dependem de ajuda externa.

Mais de três milhões de pessoas tiveram de abandonar as suas casas e muitas encontram-se em campos de deslocados, particularmente expostos ao risco de contágio de doenças como o paludismo e a cólera.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 251.000 mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios, segundo um balanço da agência France-Presse.

Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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