O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco, José Augusto Alves, explicou à agência Lusa que o projeto Frágil - Forma Rápida e Ágil de avaliar fragilidade ao domicílio e em rede (Wiser), foi contemplado pela Fundação Calouste Gulbenkian com 18 mil euros, no âmbito do programa "Gulbenkian Cuida".

"A SCMCB pretende reforçar o apoio domiciliário, utilizando ferramentas digitais conectadas para avaliação da fragilidade dos utentes de forma simples e participando numa comunidade virtual", refere a instituição.

Adianta ainda que o projeto terá foco na avaliação e interação com os profissionais à distância.

"Através de jogos digitais, incentiva-se exercício físico apropriado, recolhendo dados sobre a atividade física e fragilidade do utente. Estes jogos serão realizados em comunidade e fomentam o mérito por atingir métricas de atividade", conclui a Misericórdia de Castelo Branco.

A Fundação Calouste Gulbenkian vai atribuir 1,2 milhões de euros a 69 instituições que prestam assistência à população mais idosa, como medida de apoio contra o surto da covid-19.

Esta iniciativa insere-se no quadro do Fundo de Emergência Covid-19, que contempla uma verba de cinco milhões de euros e que está aberto a outras entidades, com intuito de reforçar a resiliência da sociedade portuguesa em tempos de pandemia.

Para o efeito, a Fundação Calouste Gulbenkian, através da iniciativa "Gulbenkian Cuida", selecionou, em concurso, 69 organizações da sociedade civil para reforçar a sua capacidade de resposta em tempos de pandemia, sendo que foi preocupação da Fundação assegurar uma cobertura geográfica do território.

O financiamento a atribuir a cada entidade beneficiária, no máximo de 20 mil euros, poderá cobrir no todo ou em parte as despesas com a intervenção a desenvolver até 31 de dezembro de 2020.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 204 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 903 pessoas das 23.864 confirmadas como infetadas, e há 1.329 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.