O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse hoje que pretende aumentar a capacidade de o país fazer testes de diagnóstico à covid-19, depois de prolongar o estado de emergência até 11 de maio.
"Nos próximos quinze dias, temos que ser capazes de aumentar a nossa capacidade de fazer testes diagnósticos da covid-19, reduzir o número de infetados e evitar a sua propagação, em particular, para as regiões ainda sem casos positivos detetados", afirmou num discurso proferido ao país.
No discurso, Umaro Sissoco Embaló disse também que as medidas que o Governo vai adotar, na sequência de renovação do estado de emergência, devem "assegurar o equilíbrio necessário entre a prevenção e o combate", e a necessidade de "garantir segurança alimentar e evitar o colapso da economia".
"Quero aproveitar esta ocasião para exortar o Governo, no sentido de estudar e adotar medidas para minimizar o impacto da covid-19, particularmente na campanha de caju do presente ano, sem esquecer as medidas higiénico-sanitárias de prevenção e combate à pandemia", salientou.
A economia guineense depende da campanha de comercialização do caju, principal produto de exportação da Guiné-Bissau.
A campanha de caju, do qual depende direta ou indiretamente cerca de 80% da população do país, está paralisada devido à falta de atividade comercial por causa da pandemia.
O Presidente guineense agradeceu também o apoio que tem sido dado à Guiné-Bissau por outros países e individualidades nacionais e estrangeiras.
"Enquanto Presidente da República, quero, em nome do povo da Guiné-Bissau, agradecer todos os apoios que o país tem recebido e encorajar a mobilização de cidadãos em iniciativas cívicas e humanitárias para o combate à covid-19 e à insegurança alimentar", disse.
O Centro de Operações de Emergência de Saúde da Guiné-Bissau confirmou hoje a primeira vítima mortal de covid-19 no país e aumentou para 53 o número de casos.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.
Por regiões, a Europa soma mais de 122 mil mortos (mais de 1,3 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 56 mil mortos (mais de 980 mil casos), Ásia mais de 7.900 mortos (perto de 200 mil casos), América Latina e Caribe mais de 7.900 mortos (mais de 160 mil casos), Médio Oriente mais de 6.200 mortos (mais de 152 mil casos), África mais de 1.370 mortos (mais de 30 mil casos) e Oceânia 108 mortos (cerca de oito mil casos).