O ruído lidera a lista de riscos a que estão expostos os trabalhadores em Angola, cuja intensidade em ambiente laboral está "acima dos 85 decibéis", anunciou hoje o Centro de Segurança e Saúde no Trabalho (CSST).
A informação foi transmitida à Lusa pela diretora-geral do CSST, Isabel Cardoso, quando fazia o balanço das ações do primeiro trimestre de 2020, referindo que no período a instituição visitou perto de 500 postos de trabalho.
Segundo a responsável, entre janeiro e março de 2020, a instituição pública visitou 458 postos de trabalho, tendo identificado vários riscos, nomeadamente físico, químico, biológico ou psicossocial presentes no ambiente laboral.
"E predomina aqui o ruído, ou seja, há uma exposição do trabalhador a este fator acima do que é aceitável por lei acima de 85 decibéis", disse Isabel Cardoso, manifestando-se preocupada com a situação.
No decurso do primeiro trimestre deste ano, o CSST angolano atendeu 90 empresas e 2.414 trabalhadores que efetuaram 5.041 exames, entre os quais de vigilância de saúde, de admissão, periódicos, de demissão, retorno ao trabalho, reavaliações, entre outros.
O Centro de Segurança e Saúde no Trabalho, com sede em Luanda, é um órgão tutelado pelo Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social.