Os grupos parlamentares de BE e PCP apresentaram hoje requerimentos na Assembleia da República para que o Governo, através do ministro da Educação, divulgue as listas de escolas com amianto nos seus edifícios.
Em entrevista à Agência Lusa, o responsável pela tutela, Tiago Brandão Rodrigues, recusou hoje revelar quantas escolas ainda têm amianto. Brandão Rodrigues referiu que há "muitas placas de fibrocimento com amianto que estão absolutamente protegidas" e que a sua remoção "aumenta exponencialmente a perigosidade", acrescentando que "muitos milhares de metros quadrados de placas com amianto" foram já removidas das escolas nos últimos quatro anos.
"O amianto é uma substância perigosa para a saúde e, por isso, proibida por lei. Das duas uma: ou o ministro não tem a lista ou tem mas não a quer divulgar. São ambas graves (estas duas hipóteses). Há uma preocupação crescente. Se o ministro continuar a recusar, vamos pedir a todas as escolas que divulguem a sua situação", prometeu a deputada bloquista Joana Mortágua.
No requerimento bloquista pede-se "a lista com a identificação dos edifícios, instalações e equipamentos escolares que têm materiais contendo amianto".
"O PCP apresentou hoje um requerimento a solicitar a informação sobre todas as escolas que, contendo presumivelmente materiais com amianto, já sofreram intervenções e sobre as escolas que ainda não foram intervencionadas. Consideramos que tem de haver transparência e os números devem ser dados com a maior clareza possível. Não tem havido essa corrente de informação desde a anterior legislatura", lamentou a deputada comunista Ana Mesquita.