O Plano Estratégico Nacional para a Telessaúde, hoje divulgado, propõe, sem especificar, novas linhas de serviço ao nível dos telecuidados no SNS 24, canal digital e de atendimento telefónico do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O documento, que sugere de forma genérica uma série de ações a concretizar entre 2019 e 2022, foi divulgado pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).
O plano é descrito pelo presidente dos SPMS, Henrique Martins, como "o primeiro documento estratégico na área da telessaúde para o Sistema Nacional de Saúde e não apenas para o Serviço Nacional de Saúde".
O pacote de ações propostas para incentivar a telessaúde prevê a inclusão dos cuidados de saúde primários e continuados nas "políticas de incentivos", a criação de uma "oferta estruturada e regular" de formação e qualificação dos profissionais de saúde, horários específicos para médicos e enfermeiros exercerem telessaúde nos centros de saúde e hospitais, revisão legislativa e novas ferramentas de trabalho.
O documento sugere também que a telessaúde faça parte da formação académica superior dos profissionais de saúde.
A estratégia nacional para a telessaúde foi elaborada na sequência da criação, há três anos, do Centro Nacional de Telessaúde, coordenado pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.
A telessaúde abrange a prestação de cuidados de saúde e a formação de profissionais à distância com recurso a tecnologias de comunicação e informação.
O SNS 24 já permite, entre outras valências, fazer a triagem, o aconselhamento e encaminhamento na doença aguda não emergente, o aconselhamento sobre medicação não sujeita a receita médica, a marcação de consultas nos centros de saúde e pedir a isenção da taxa moderadora.
O atendimento telefónico é feito por enfermeiros 24 horas por dia.