A China apelou hoje à unidade internacional na luta contra a pandemia do novo coronavírus, numa reação às críticas de vários líderes ocidentais sobre a forma como as autoridades chinesas geriram a crise.
"É imperativo que todos os países se unam para combater a epidemia e vencerem a guerra" contra a Covid-19, afirmou o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Zhao Lijian, em conferência de imprensa.
"É inútil" discutir sobre os prós e contras dos diferentes sistemas políticos, apontou.
Questionado na quinta-feira sobre se a atuação das autoridades europeias no combate ao surto destacou as vantagens do sistema autoritário chinês, em detrimento das democracias ocidentais, Macron rejeitou comparar países onde a informação flui livremente e os cidadãos podem criticar os seus governos e aqueles onde a verdade é suprimida.
"Não vamos ser assim tão inocentes. Nós não sabemos. Claramente, aconteceram coisas que não sabemos", disse, sobre a gestão da epidemia pela China.
As reservas do chefe de Estado francês ecoam as críticas de Londres e Washington.
O Reino Unido avisou a China, na quinta-feira, de que deveria responder a "perguntas difíceis sobre a forma como o vírus surgiu e por que não foi travado antes".
O Governo norte-americano acusou Pequim de "esconder" a gravidade da epidemia, quando surgiu em Wuhan, no centro da China, e suspendeu a sua contribuição financeira para o funcionamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), acusando a organização de alinhar com as posições chinesas.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.