O rastreio da covid-19 aos 14 lares do concelho de Santo Tirso, distrito do Porto, vai começar na sexta-feira, abrangendo instituições públicas e privadas e cerca de 2.000 testes, anunciou hoje a câmara municipal.
Em comunicado, a autarquia explica que os rastreios serão feitos aos dez lares propriedade de instituições públicas e aos quatro privados, numa “ação dialogada e articulada entre a Câmara Municipal de Santo Tirso, a Administração Regional de Saúde do Norte e o secretário de Estado coordenador do estado de emergência na zona norte do País”.
“No total, serão feitos cerca de dois mil testes de despistagem à covid-19, abrangendo quer os utentes, quer os funcionários dos lares. Em simultâneo, os lares e os restantes equipamentos sociais de cariz residencial já estão a receber equipas multidisciplinares constituídas por técnicos da câmara, da autoridade de saúde pública local e da Segurança Social, com o objetivo de articular a melhor resposta em caso de emergência e de garantir o cumprimento das normas e orientações estabelecidas de combate à pandemia”, diz a nota.
A realização do rastreio a todos os lares instalados no município de Santo Tirso é uma medida que estava a ser dialogada com o Governo, com a autoridade de saúde a nível regional e local e com a Segurança Social, face à evolução da situação da pandemia em território municipal, explica a autarquia.
Para o presidente da câmara de Santo Tirso, “o município está a seguir, desde a primeira hora, uma estratégia que tem dado resultados e permitido uma resposta rápida e eficaz às necessidades que se verificam no terreno”.
“Os testes que vão começar a ser feitos em todos os lares enquadram-se precisamente no esforço desenvolvido pela câmara municipal de articular com as entidades responsáveis, nomeadamente o Governo, a autoridade de saúde e a Segurança Social, as melhores medidas e soluções de resposta à pandemia”, considera Alberto Costa, citado no comunicado.
Segundo o autarca, os lares “têm merecido por parte da câmara uma especial atenção, porque prestam um serviço àquele que é considerado o principal grupo de risco no contexto da pandemia”.
Alberto Costa salienta ainda que o rastreio dirigido a todos os utentes e funcionários dos lares vai permitir “ter uma ideia mais concreta e fiável da situação” que se vive nos equipamentos sociais de cariz residencial, e “avaliar a possibilidade da tomada de medidas complementares” àquelas que já foram postas no terreno pela autarquia.
“Tudo o que for preciso fazer para responder a um qualquer problema de emergência que ocorra no município, vamos fazê-lo. Temos 300 camas em cinco centros de acolhimento municipal, para o que seja necessário, além do hospital de campanha instalado na Escola de S. Rosendo”, acrescentou Alberto Costa, citado na nota de imprensa da câmara.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 137 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 450 mil doentes foram considerados curados.
Portugal regista 629 mortos associados à covid-19 em 18.841 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.