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PCP quer ouvir “com urgência” ministra da Saúde sobre urgência pediátrica do Garcia de Orta

LUSA
10-11-2019 17:53h

O PCP quer chamar ao parlamento “com urgência” a ministra da Saúde e o Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta para prestarem esclarecimentos sobre o encerramento da urgência pediátrica daquela unidade de Almada.

O requerimento, assinado pelos deputados Paula Santos e João Dias, refere que o grupo parlamentar do PCP requer, “com urgência, a realização de audições na Comissão de Saúde da ministra da Saúde e do Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta”.

Além destes responsáveis, os comunistas querem chamar também à Assembleia da República o Sindicato dos Médicos da Zona Sul.

O objetivo desta audição prende-se com “o acompanhamento desta questão e a prestação de esclarecimentos sobre as medidas a adotar para assegurar a contratação dos profissionais de saúde para o Hospital Garcia de Orta” (HGO), no distrito de Setúbal.

No documento, a que a agência Lusa teve acesso, o partido aponta que, nas últimas semanas, o serviço de urgência pediátrica daquela unidade “não tem funcionado aos fins de semana devido à falta de médicos, constituindo motivo de enormes preocupações da população, em particular dos pais”, e refere que já hoje foi tornado público as mesmas urgências vão encerrar todos os dias à noite.

“No período noturno, a única resposta pública existente são as urgências pediátricas do HGO. Confirmando-se o encerramento, significa que as crianças e jovens em situação de urgência terão de se deslocar aos hospitais em Lisboa, o que é motivo de enorme preocupação e um retrocesso de décadas na prestação de cuidados de saúde na margem sul do rio Tejo”, critica o partido.

O grupo parlamentar do PCP salienta igualmente que a deslocação até Lisboa através da Ponte 25 de Abril pode demorar “mais de uma hora” em momentos de maior tráfego automóvel, “o que não é compatível com a necessidade de prestação de cuidados em diversas situações de urgência e doença aguda”.

Desta forma, “é o acesso à saúde de crianças e jovens que fica assim comprometido”, alertam os comunistas, que atribuem a “rutura do serviço de urgência pediátrica do HGO, devido à carência de médicos” especialistas, ao “desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde.

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