Numa declaração feita à margem da visita que realizou a Itália, Ulisses Correia e Silva explicou que a aquisição de helicópteros é “uma necessidade do país” e que o Governo está “a analisar várias alternativas, particularmente em casos de emergência médica e proteção civil”.

“É um setor muito exigente que precisamos de tempo para termos as melhores indicações, em formação de pilotos, manutenção e custos de operações. Vamos analisar com toda a tranquilidade e fazer as melhores opções”, explicou Ulisses Correia e Silva, depois de visitar, em Turim, a italiana Air Green.

Embora sem se comprometer com qualquer intenção de negócio com o fornecedor italiano, o primeiro-ministro admitiu que a visita representou uma “oportunidade de analisar de perto a sua capacidade de demanda”.

“É importante entender como funcionam e até que ponto podem representar uma solução para Cabo Verde”, apontou.

Na mesma nota, o Governo cabo-verdiano sublinha que a Air Green é uma das empresas de helicópteros “mais importantes da Itália” e disponibiliza diferentes serviços, “como resgate de helicóptero, transporte de passageiros e mercadorias, manutenção e treinamento de aeronaves para pilotos e técnicos”.

“É evidente que Cabo Verde precisa deste tipo de serviços, particularmente em emergência médica, uma vez que não podemos ter hospitais de referência em todas as ilhas. Tem de ser fácil circular qualquer cabo-verdiano em situação de emergência, de Brava para a Praia, ou de Boa Vista para a Praia, por exemplo”, refere-se na mesma nota.

O primeiro-ministro de Cabo Verde realizou de 02 a 06 de novembro uma visita de trabalho a Itália, a convite da Associação Missionária de Solidariedade e Desenvolvimento (AMSES) e da Associação Solidariedade e Desenvolvimento (ASDE) lideradas pelo padre Ottávio Fasano, durante a qual manteve encontros com individualidades italianas e com a comunidade cabo-verdiana naquele país.