A Distrital do PSD/Porto apelou hoje ao Governo para que reforce as cantinas sociais com as Instituições Particulares de Solidariedade Social e recupere a Rede Solidária criada pelos sociais-democratas no executivo nos tempos da ‘troika’.
O PSD/Porto considera que é "urgente" dar ferramentas às Instituições Sociais, para que em articulação com o Governo, com as autarquias e as juntas de freguesia, possam dar resposta ao aumento dos pedidos de apoio alimentar que "tem vindo a aumentar de forma significativa".
Os sociais-democratas argumentam que a pandemia originada pelo novo coronavírus está a provocar, para além da crise sanitária, uma crise económica e social cuja dimensão é ainda difícil de avaliar, mas que já começa a dar sinais de preocupação, sobretudo na população mais carenciada e naquela que vive no limiar do equilíbrio financeiro familiar.
"Infelizmente a situação não é inédita e recentemente o país assistiu também à necessidade de acudir a muitas pessoas, nomeadamente através da distribuição de refeições, fruto das consequências da crise financeira vivida e do res gaste da ‘troika’ que se lhe seguiu", recorda a distrital.
Nessa altura, refere-se na nota, "o Governo liderado pelo PSD ciente da relevância das instituições da economia social e solidária, (…), promoveu, através de um protocolo com as Instituições Sociais uma Rede Solidária de Cantinas Sociais", que visou "maximizar a capacidade instalada das instituições" e garantir o acesso a duas refeições diárias.
"Nesse sentido, a Distrital do PSD do Porto apela ao Governo, através do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que reforce a resposta social ‘cantinas sociais’ com as Instituições de Solidariedade Social que ainda têm protocolo em vigor, e que celebre novo protocolo com aquelas que já o cessaram, alargando a resposta a todo o território coberto pelas IPSS e Centros Sociais", defendem num comunicado.
Aquela distrital apela ainda ao Governo que entenda esta medida como prioritária "face à dramática situação de milhares de famílias carenciadas", salientando que com a rede social existente e o conhecimento adquirido é possível, em pouco tempo fazer face "a esta carência básica, diminuindo as dificuldades e consequentemente, garantir às pessoas e/ou famílias que mais necessitam, o acesso a refeições gratuitas".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 120 mil mortos e infetou mais de 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 567 mortos, mais 32 do que na segunda-feira (+6,%), e 17.448 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 514 (+3%).
Dos infetados, 1.227 estão internados, 218 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 347 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.