A PSP e a GNR garantiram hoje que os 167 elementos infetados com covid-19 não põe em causa as atividades policiais em curso, sublinhando que estes polícias estão a ser acompanhados pelos serviços médicos destas forças de segurança.
Em conferência de imprensa, realizada hoje à tarde no Ministério da Administração Interna, o diretor do departamento de operações da Polícia de Segurança Pública, Luís Elias, avançou que a PSP tem 131 elementos infetados com covid-19, 123 dos quais são polícias.
Segundo Luís Elias, o maior número de polícias infetados está na zona Norte, sobretudo nos comandos do Porto e Braga.
O mesmo responsável explicou que estes polícias estão a ser tratados em casa e não se encontra qualquer elemento com uma situação de saúde complexa, estando a ser acompanhados diariamente pelo gabinete de psicológica e pelos médicos da PSP.
Luís Elias disse também que, a médio prazo, estes polícias vão regressar “ao serviço sem sequelas”.
“Não temos, neste momento, impacto negativo nas nossas operações, nem contamos vir a ter”, assegurou.
Por sua vez, a GNR tem 36 militares infetados, estando um deles internado no centro clínico da Guarda Nacional Republicana, local onde são tratados todos os militares e civis da corporação.
o diretor de operações da GNR, Vitor Rodrigues, avançou que também estão 186 militares em isolamento e 93 em quarentena, estando três elementos já curados.
Este responsável destacou o acompanhamento que o centro clínico da GNR está a dar a todos os militares infetados com covid-19 através de contacto telefónico.
Na conferência de imprensa conjunta para divulgar os dados da operação “Páscoa em Casa” da PSP e da GNR, que decorreu entre as 00:00 do dia 09 de abril e a 24:00 de segunda-feira no âmbito do estado de emergência devido à covid-19, Vitor Rodrigues foi questionado sobre as várias imagens do "beija cruz", uma tradição da Páscoa.
O responsável respondeu que a GNR identificou quatro situações, uma no comando distrital de Viana do Castelo e três no comando distrital de Braga.
“Foram sinalizados e elaborados os respetivos autos de notícia que foram entregues às autoridades judiciárias que agora têm de cumprir a sua missão. Da nossa parte foi feito tudo quanto havia a fazer”, disse.
Portugal está em estado de emergência desde o dia 19 de março e até 17 de abril devido à pandemia de covid-19.
Segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 567 mortos associados à covid-19, e 17.448 casos de infeção confirmados no país.