O prazo das bolsas já tinha sido estendido automaticamente por um mês em meados de março, depois de o Governo ter suspendido as atividades letivas e não letivas presenciais.

A medida, que se aplica às bolsas de investigação científica que estavam em curso em 13 de março, representa para a FCT um investimento adicional total de 12 milhões de euros, para os dois meses prorrogados, abrangendo cerca de 5.000 bolsas, refere a instituição no seu portal.

A renovação da prorrogação das bolsas, decidida pelo conselho diretivo da FCT, "tem por base a recente decisão do Governo em manter o encerramento das instituições de ensino superior", às quais estão agregados muitos dos laboratórios científicos, bem como "das atividades económicas não essenciais".

Em 17 de março, a FCT comprometera-se a avaliar novamente a situação depois de 09 de abril, dia em que o Conselho de Ministros se reuniu e decidiu manter encerradas as escolas e as instituições de ensino superior (universidades e institutos politécnicos).

A FCT, na dependência do Governo, é a principal entidade que subsidia a investigação científica em Portugal, nomeadamente através de bolsas.

Há uma semana, a Fundação para a Ciência e Tecnologia admitiu possíveis "ajustamentos na calendarização dos projetos" científicos financiados pela instituição, devido à "suspensão das atividades" de investigação em resultado das medidas de confinamento social para conter a propagação da covid-19.

Portugal, em estado de emergência até pelo menos 17 de abril, regista 567 mortos e 17.448 casos de infeção confirmados, segundo o balanço hoje divulgado pela Direção-Geral da Saúde.

Dos infetados, 1.227 estão internados, 218 dos quais em unidades de cuidados intensivos, havendo 347 doentes que recuperaram desde que a doença respiratória aguda, declarada como pandemia, foi diagnosticada no país, em 02 de março.