Cerca de 1,7 milhões de casas serão abrangidas por uma campanha de pulverização domiciliária contra o mosquito da malária, que arranca hoje em Moçambique, anunciou a ministra da Saúde, Nazira Abdula.
A campanha vai incidir sobre oito distritos da província de Nampula (região Norte), seis da Zambézia (Centro), dois de Inhambane, igual número em Gaza e oito em Maputo (Sul), afirmou Nazira Abdula, citada hoje pelo diário Notícias.
As cinco províncias são as mais afetadas pela malária em Moçambique.
A medida visa "reduzir a densidade do mosquito transmissor da malária" e "reduzir o seu tempo de vida", acrescentou.
A campanha, conhecida por Pulverização Intradomiciliária (PIDOM) vai durar 17 semanas e complementa outras iniciativas de combate à doença, incluindo a distribuição de redes mosquiteiras nas zonas mais afetadas.
De janeiro a junho deste ano, 425 pessoas morreram vítimas de malária em Moçambique dos 3.818.391 casos notificados, contra 545 mortes e 3.694.873 casos contabilizados em igual período do ano passado, referem dados do Ministério da Saúde.
Há depois muitos casos não registados e os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) estimam que Moçambique seja o terceiro país do mundo com mais casos de malária (5% do total global) e o oitavo onde a doença mais mata (3% de todas as mortes), de acordo com o último relatório mundial, apresentado há um ano.
A OMS estima que tenha havido entre 12.200 a 17.200 mortes provocadas por malária em 2017 em Moçambique, valores em queda desde 2010, ano em que o intervalo variava entre 14.200 a 20.900 mortes.