O presidente do PSD, Rui Rio, lamentou hoje a morte da imunologista Maria de Sousa, vitima da infeção pelo novo coronvírus, considerando-a uma académica de “sólida formação ética e moral” a quem “a ciência muito deve”.
“A minha sentida homenagem à Professora Maria de Sousa. Uma académica de sólida formação ética e moral, a quem a ciência muito deve”, escreveu o líder do PSD na sua página da rede social ‘Twitter”.
Rui Rio lembrou igualmente “a sua colaboração ativa e empenhada no projeto ‘Porto, Cidade de Ciência’”, criado em 2004, quando era presidente da Câmara Municipal do Porto.
A imunologista Maria de Sousa morreu durante a madrugada de hoje no Hospital de São José, em Lisboa, vítima da infeção pelo novo coronavírus, disse à agência Lusa uma fonte do Centro Hospitalar Lisboa Central.
Segundo a mesma fonte, a investigadora estava internada nos cuidados intensivos do Hospital de São José, que integra o Centro Hospitalar Lisboa Central.
A notícia da morte de Maria de Sousa, nascida em 1939, foi avançada pelo jornal Público.
O novo coronavírus, responsável pela doença covid-19, já provocou mais de 117 mil mortos e infetou quase 1,9 milhões de pessoas, numa pandemia que atingiu 193 países e territórios.
Em Portugal, houve 535 mortes associadas à covid-19 e 16.934 casos de infeção confirmados, segundo o balanço feito na segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde.
Cientista, escritora, professora universitária, Maria de Sousa, de 81 anos, era professora Emérita da Universidade do Porto e investigadora honorária do i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde. Era ainda membro do júri do Prémio Pessoa.
A 16 de outubro de 2009, aos 70 anos, jubilou-se da atividade docente no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, no Porto, dando a sua última aula intitulada "Uma escola sem muros".
Recebeu o Grande Prémio Bial de Medicina em 1995, o Prémio Estímulo à Excelência em 2004 e a Medalha de Ouro de Mérito Científico em 2009, ambos atribuídos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Seguiram-se o Prémio Universidade de Coimbra 2011 e o Prémio Universidade de Lisboa 2017.
Foi condecorada por três presidentes da República: em 1995 por Mário Soares com o grau de grande-oficial da Ordem Infante D. Henrique, em 2012 por Aníbal Cavaco Silva com o grau de grande-oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e em 2016 por Marcelo Rebelo de Sousa com a grã-cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.