O responsável do Laboratório Nacional de Timor-Leste (LNTL) disse à Lusa que o instituto já pediu ao Governo mais de cinco mil ciclos para os testes PCR em tempo real e mais de dez mil para os testes RdRp, os dois que estão a ser usados no país.

“Fizemos o pedido, mas ainda não temos calendário para o aprovisionamento”, indicou Endang da Silva Gonçalves.

Testes adicionais deverão ser igualmente fornecidos a Timor-Leste pela Menzies School of Health Research, instituição australiana que tem apoiado o LNTL.

Até ao momento, o LNTL tem estado a recorrer a mil kits de testes fornecidos pela OMS, que incluem ensaios de PCR em tempo real (conhecidos também como testes do gene E), para o processo de triagem, e ensaios RdRp, para confirmação.

De acordo com as recomendações da OMS, os testes que estão a ser aplicados em Timor-Leste para detetar o vírus SARS-CoV-2, responsável pela covid-19, aplicam a técnica de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR, na sigla em inglês).

Este tipo de testes permite detetar a presença efetiva no vírus, naquele momento, no organismo da pessoa.

Para se confirmar um caso positivo, as duas análises têm que ter resultado positivo, segundo a OMS.

Para ser certificado, o laboratório tem de enviar dez resultados negativos e cinco positivos para um laboratório de referência, neste caso, em Darwin, no norte da Austrália, para garantir a qualidade das análises.

Fontes dos serviços de saúde timorenses e da OMS consideraram que o aumento do 'stock' de testes passa pelo aprovisionamento por parte do Governo, mas também por apoios adicionais da OMS, através do Fundo Global criado para a covid-19.

Timor-Leste registou até ao momento quatro casos da doença respiratória covid-19, incluindo um já recuperado.

Dezenas de pessoas estão ainda à espera de conhecer os resultados das análises.

A pandemia da covid-19 já causou mais de 118 mil mortos e infetou quase 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.