O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu uma recompensa de um milhão de dólares (914 mil de euros) aos cientistas do país que consigam desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus, indicou hoje a sua porta-voz.
O chefe de Estado “considera que um milhão de dólares é um bom encorajamento caso se consiga descobrir um medicamento que salve centenas de milhares de vidas”, disse a sua porta-voz, Yulia Mendel, numa declaração enviada à agência noticiosa AFP.
A Ucrânia, ex-república soviética com cerca de 40 milhões de habitantes, registava até hoje, segundo os dados oficiais, 3.102 casos de contágio com o coronavírus, e 93 mortos.
Ainda hoje, foi anunciada a morte de dois monges num mosteiro ortodoxo em Kiev que se tornou num importante centro de contaminação com mais de 90 casos positivos, num total de 250 religiosos que habitam no complexo.
Zelensky “deseja verdadeiramente que os cientistas ucranianos trabalhem ativamente para desenvolver os medicamentos que vão ajudar o mundo inteiro”, e nesse sentido enviou em março um pedido à Academia nacional das ciências, precisou a porta-voz.
No entanto, não esclareceu como será financiada a recompensa, já que a Ucrânia se inclui entre os países mais pobres da Europa.
Na segunda-feira, a Organização mundial da saúde (OMS) sublinhou a importância do desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus para suster a transmissão da doença que já provocou mais de 100.000 mortos no mundo desde que foi identificada na China no final de 2019.
A Ucrânia, cujo sistema de saúde pública está em ruínas, impôs uma severa quarentena desde meados de março para impedir a propagação do vírus. O Governo encerrou escolas, universidades, espaços públicos, a maioria do comércio e os transportes coletivos, com a exceção para médicos e outros trabalhadores de setores essenciais.
As autoridades também tornaram obrigatório o uso de máscaras no exterior e proibiram os passeios nos parques, à exceção das saídas com animais de companhia.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 114 mil mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infeção, quase 400 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.