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Cruz Vermelha de Coimbra implementa programa para crianças afetadas por catástrofes

LUSA
04-11-2019 16:04h

A Cruz Vermelha de Coimbra está a desenvolver em várias escolas da região Centro um Programa de Resiliência para Crianças Afetadas por Catástrofes para dar resposta às famílias atingidas pelos incêndios de 2017, foi hoje anunciado.

Em declarações à agência Lusa, o coordenador do projeto Fénix, Gonçalo Órfão, explicou que o plano de ação é ajustado "às necessidades dos concelhos envolvidos", que são Oliveira do Hospital, Arganil e Tábua, no distrito de Coimbra, e Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera e Pedrógão Grande, no distrito de Leiria.

"Em alguns locais fazemos consultas individualizados e, em outros, sessões de grupo na comunidade, nomeadamente em escolas", acrescentou o responsável, salientando que o plano envolve os alunos do 1.º e 2.º ciclos dos concelhos abrangidos, através dos respetivos Agrupamentos Escolares.

Este programa pretende dar resposta no âmbito da saúde mental e psicossocial associada a catástrofes, em particular aos mais novos e às famílias atingidas pelos incêndios de 2017.

Na prática, o projeto Fénix "promove competências para gestão de emoções em situações de catástrofe futuras e normaliza os sintomas decorrentes da exposição a situações de exceção".

O trabalho de campo envolve uma equipa multidisciplinar constituída por dois psicólogos a tempo inteiro, uma assistente social e um enfermeiro, além do médico e coordenador Gonçalo Órfão.

Entre as principais ações dinamizadas, o coordenador do projeto destaca o apoio às Equipas de Saúde Mental Comunitária e a implementação de um programa de resiliência para crianças em contexto escolar.

"Temos particular atenção aos casos de crianças, uma vez que em cenários de crise e catástrofe ficam particularmente em risco e dependentes do cuidado dos adultos", salientou Gonçalo Órfão.

Financiado pela Direção Geral de Saúde com 50 mil euros, o programa começou a ser implementado no início deste ano letivo e vai desenvolver-se até março de 2020.

"A sua continuidade terá de ser avaliada mediante as necessidades", frisou Gonçalo Órfão.

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