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BE questiona Governo sobre “encerramento parcial” da Casa de Saúde de Amares

LUSA
13-04-2020 17:19h

O BE disse hoje querer saber que "medidas o Governo vai tomar para assegurar" o funcionamento da Casa de Saúde de Amares, cujo "encerramento parcial" foi denunciado na quinta-feira, para garantir a disponibilidade dos recursos daquela unidade.

O Bloco de Esquerda (BE) lembram que a Casa de Saúde de Amares, no distrito de Braga, é uma instituição privada, com "instalações recentemente renovadas", que presta serviços de saúde de internamento, bloco operatório, consultas e meios auxiliares de diagnóstico, nas especialidades de cirurgia geral, oftalmológica, obesidade, laparoscópica, plástica, vascular, medicina dentária, interna, neurologia, urologia, ortopedia, otorrinolaringologia, cardiologia, dermatologia, ginecologia, obstetrícia, psiquiatria, pediatria, pneumologia, imunoalergologia, nutrição, psicologia, neurofisiologia, terapia da fala, podologia e acupuntura.

Na quinta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte denunciou o "encerramento parcial" daquela unidade, mantendo-se em funcionamento apenas a receção em serviços mínimos, "dispensando todos os profissionais de saúde que lá trabalham" e a existência de ordenados em atraso.

Segundo lembra hoje o BE, "estão em dívida o subsídio de férias de 2019, 50% do subsídio de Natal de 2019 e a empresa não atualizou os salários, conforme a nova tabela salarial em vigor", e há "retroativos devidos desde janeiro de 2020"

O Sindicato, aponta o BE, referiu ainda que a "empresa informou os trabalhadores que vai deixar de pagar as prestações mensais” do Plano de Recuperação de Empresa e que "a situação já foi comunicada à Autoridade para as Condições do Trabalho, não se conhecendo se já foi efetuada inspeção e qual o seu resultado".

O BE entende que deve "o Governo intervir também para a garantia da disponibilidade dos recursos da unidade de saúde, instalações e profissionais, no combate a este período de emergência".

“Não se pode permitir que entidades privadas com recursos hospitalares tão necessários ao Serviço Nacional de Saúde para o combate à epidemia do Covid-19 sejam desperdiçadas em resultado de encerramento de instalações por motivos de interesses económicos", lê-se.

Por isso, os bloquistas questionam se "tem o Governo conhecimento desta situação" e "que medidas vai tomar para assegurar o funcionamento deste estabelecimento tão necessário nesta situação de emergência de saúde pública".

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